PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO DE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE PORTO VELHO SOBRE A DOENÇA DE CHAGAS, COM ÊNFASE NA TRANSMISSÃO PELA VIA ORAL ATRAVÉS DO CONSUMO DO AÇAÍ
JAYR DE OLIVEIRA TORRES1, ALCIONE DA SILVA DE ALMEIDA1, DÉBORA ALINE SOUZA NASCIMENTO 1, FRANCES TATIANE TAVARES TRINDADE1
1. UNIRON - FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE PORTO VELHO
deboraaline10@gmail.com

O açaí é muito utilizado na culinária da região norte, deste modo, o fato da contaminação pela via oral está relacionada com a polpa de açaí, aponta- se a grande necessidade de atenção sanitária. Neste estudo, buscou- se analisar a percepção dos alunos do terceiro ano do ensino médio sobre a doença de Chagas, com ênfase na transmissão oral pelo açaí. Foram entrevistados 148 alunos através de questionários, entregues antes e após as palestras, as quais abordaram assuntos referentes à doença de Chagas. Quanto à existência de cura para a doença de Chagas no pré- teste 41% e 52% nas escolas A e B respectivamente disseram haver cura para a doença e 42% e 25% disseram não haver cura pra doença. No pós- teste 98% nas duas escolas marcaram a opção “ Sim ” e 2% na escola A e 2% na escola B, a opção “ Não ”. No pré-teste sobre a existência de outra via de transmissão da doença, 46% e 52% nas escolas A e B, disseram que “ Sim ” e 18% na escola A e 15% na escola B para a opção “ Não ”. No pós- teste respectivamente para as duas escolas, 70% e 80% marcaram a opção “ Sim ”, 27% e 16% marcaram a opção “Não”. Quanto à sobrevivência do Trypanosoma cruzi na polpa do açaí, no pré- teste, respectivamente para as duas escolas A e B, 25% e 7% disseram que sim, 63% e 70% disseram que não. No pós- teste obteve-se respectivamente para as duas escolas 7% e 2% para a opção sim, 92% e 98% para a opção não. Quanto ao modo de transmissão mais comum na Amazônia brasileira, a opção “ Ingestão de açaí contaminado com o parasita causador da doença ” representou o maior percentual nos dois testes realizados, 50% e 91% pré-teste e 98% e 91% pós- teste. Observou- se um bom conhecimento dos alunos em relação à doença. Não obstante, mais trabalhos devem ser feitos com a comunidade de modo geral, no sentido de expandir essa temática, permitindo que essas informações cheguem às pessoas que moram na região endêmica e correm o risco de se infectar.



Palavras-chaves:  Alimentos contaminados, Educação em saúde, Prevenção, Região Amazônica, Trypanosoma cruzi