PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO DE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE PORTO VELHO SOBRE A DOENÇA DE CHAGAS, COM ÊNFASE NA TRANSMISSÃO PELA VIA ORAL ATRAVÉS DO CONSUMO DO AÇAÍ |
O açaí é muito utilizado na culinária da região norte, deste modo, o fato da contaminação pela via oral está relacionada com a polpa de açaí, aponta- se a grande necessidade de atenção sanitária. Neste estudo, buscou- se analisar a percepção dos alunos do terceiro ano do ensino médio sobre a doença de Chagas, com ênfase na transmissão oral pelo açaí. Foram entrevistados 148 alunos através de questionários, entregues antes e após as palestras, as quais abordaram assuntos referentes à doença de Chagas. Quanto à existência de cura para a doença de Chagas no pré- teste 41% e 52% nas escolas A e B respectivamente disseram haver cura para a doença e 42% e 25% disseram não haver cura pra doença. No pós- teste 98% nas duas escolas marcaram a opção “ Sim ” e 2% na escola A e 2% na escola B, a opção “ Não ”. No pré-teste sobre a existência de outra via de transmissão da doença, 46% e 52% nas escolas A e B, disseram que “ Sim ” e 18% na escola A e 15% na escola B para a opção “ Não ”. No pós- teste respectivamente para as duas escolas, 70% e 80% marcaram a opção “ Sim ”, 27% e 16% marcaram a opção “Não”. Quanto à sobrevivência do Trypanosoma cruzi na polpa do açaí, no pré- teste, respectivamente para as duas escolas A e B, 25% e 7% disseram que sim, 63% e 70% disseram que não. No pós- teste obteve-se respectivamente para as duas escolas 7% e 2% para a opção sim, 92% e 98% para a opção não. Quanto ao modo de transmissão mais comum na Amazônia brasileira, a opção “ Ingestão de açaí contaminado com o parasita causador da doença ” representou o maior percentual nos dois testes realizados, 50% e 91% pré-teste e 98% e 91% pós- teste. Observou- se um bom conhecimento dos alunos em relação à doença. Não obstante, mais trabalhos devem ser feitos com a comunidade de modo geral, no sentido de expandir essa temática, permitindo que essas informações cheguem às pessoas que moram na região endêmica e correm o risco de se infectar. |