LEISHMANIOSE VISCERAL SOB A VISÃO DE ESTUDANTES RECÉM- INGRESSOS NO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DA UFPI
ANDREZA DANIELLY VIEIRA PEREIRA1, ALINE LIMA OLIVEIRA1, LARISSA DOS SANTOS SOUSA1, NATHYELLE MARIA SOUSA DE OLIVEIRA1, NAELSON RAILSON DE SOUSA GOMES1, LUANNA SOARES DE MELO EVANGELISTA1
1. UFPI - Graduanda em Medicina Veterinária, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Piauí , 2. UFPI - Profª Drª Departamento de Parasitologia e Microbiologia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade de Federal do Piauí
daniellyvpereira@gmail.com

Leishmaniose Visceral (LV), conhecida popularmente como calazar, é uma enfermidade parasitária que pode ser potencialmente fatal para humanos e cães, sendo a Leishmania (L.) chagasi o principal agente etiológico no Brasil. É uma doença transmitida, principalmente, pelo flebótomo Lutzomyia longipalpis , conhecido popularmente como mosquito-palha. O cão é o mais relevante reservatório urbano, sendo de fundamental importância que alunos de Medicina Veterinária mantenham-se informados sobre essa zoonose. O objetivo deste estudo foi avaliar o nível de conhecimento de estudantes recém-ingressos no curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Teresina, PI, sobre Leishmaniose Visceral. Este trabalho foi realizado durante uma aula da disciplina de Anatomia Veterinária, no período letivo de 2018.1 e os dados foram coletados por meio de um estudo do tipo quantitativo com aplicação de um questionário único, produzido exclusivamente para este fim. Os estudantes responderam os questionamentos de forma anônima e espontânea, com perguntas objetivas sobre a doença, nome popular, vetor, formas de transmissão e prevenção, após aceitação para participação da pesquisa e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) disponibilizados aos mesmos . 34 alunos participaram deste trabalho, sendo 22 do sexo feminino e 12 do masculino. Os dados foram armazenados em um banco de dados no software Microsoft Excel, analisados e tabelados. A maioria dos entrevistados (88,2%) afirmaram já ter ouvido falar da doença, inclusive 86,7% citaram o cão como parte do ciclo, porém quando questionados sobre as formas de transmissão, 20 (58,8%) não souberam informar o vetor envolvido. 29,4% deles afirmaram que uma das formas de transmissão se dá por meio da saliva/mordida do cão e 26,5% citaram a transmissão direta cão-homem. A maioria (73,5%) relatou que cães com LV podem ser tratados, mesmo revelando que não existe cura para esta enfermidade. As principais formas de prevenção informadas neste trabalho foram o combate ao mosquito-palha (20,6%) e o uso de coleiras e repelentes (14,7%). Conclui-se que o nível de conhecimento de estudantes recém-ingressos no curso de Medicina Veterinária da UFPI sobre LV foi satisfatório, uma vez que já tinham ouvido falar da doença e que o cão faz parte do ciclo, porém necessitam de maiores informações que devem ser repassadas aos mesmos no decorrer do curso.



Palavras-chaves:  Calazar, Educação sanitária, Zoonose