PREVALÊNCIA E GENÓTIPOS DO VÍRUS DA HEPATITE C EM PACIENTES ATENDIDOS NÚCLEO DE MEDICINA TROPICAL – UFPA, BELÉM, PARÁ
RITA DE CASSIA DA SILVA1, MARIA INÊS CARICCHIO DA SILVA1, CAROLINA DE SOUZA PEREIRA1, JOSEANE RODRIGUES DA SILVA1, ANDREIA POLLIANA CASTRO DE SOUZA1, REGIANE MIRANDA ARNUND SAMPAIO1, PATRICIA FERREIRA1, LUISA CARICIO MARTINS 1
1. NMT-UFPA - Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil
mariaines_caricchio@hotmail.com

A hepatite C é considerada um problema de saúde pública mundial e pode se apresentar na forma aguda ou crônica, sendo causada pelo vírus da hepatite C (VHC). O VHC possui material genético de RNA, apresenta 6 diferentes genótipos (1, 2, 3, 4, 5, 6) e tem como principal forma de transmissão a via parenteral. Na região norte, apesar da diminuição do número de notificações dessa infecção, o número de casos de hepatite C ainda é elevado. A identificação de informações epidemiológicas por região, bem como a caracterização dos genótipos é importante, pois norteiam as ações de saúde pública. Este estudo tem como objetivo determinar a prevalência e identificar os genótipos do VHC em pacientes atendidos no Núcleo de Medicina Tropical (UFPA), no município de Belém, norte do país, no período de janeiro de 2017 a junho de 2018. Informações e amostras biológicas foram coletadas de pacientes atendidos no Programa de Hepatites Virais do Núcleo de Medicina Tropical da UFPA. A coleta de informações consistiu no preenchimento de formulário epidemiológico. O diagnóstico da infecção pelo VHC foi realizado por meio da detecção de anticorpos anti-HCV através do Ensaio Imunoenzimático (ELISA), seguida da técnica de Reação em cadeia da Polimerase (PCR) e genotipagem por PCR- RFLP. Resultados. No total, 184 pacientes participaram deste estudo, a maioria pertencia ao sexo masculino (62%) e reduzida escolaridade (50%), a faixa etária variou de 18 a 75 anos. O principal fator de risco associado a infecção foi o compartilhamento de materiais perfuro cortantes. Em 184 pacientes, 82 (45%) foram reagentes para anti-HCV, e destes, 48 (59%) apresentaram cDNA-HCV detectáveis. Nessas 48 amostras, os genótipos identificados foram o 1 (68,75%) seguido do 3 (29,17%) e 2 (2,08%). Conclusão. Este estudo alerta para a elevada endemicidade do VHC no norte do país e pode auxiliar no delineamento de políticas públicas de controle e prevenção na Amazônia.



Palavras-chaves:  Hepatite C, Diagnóstico sorológico, Genótipos