FREQUÊNCIA DE ANEMIA FERROPRIVA NOS USUÁRIOS DE UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS EM FORTALEZA-CE
ALCÍNIA BRAGA DE LIMA ARRUDA1, SÔNIA GARCIA MONTEIRO1, FRANCISCO ILDELANO DA COSTA SILVA 1, ROMÉLIA PINHEIRO GONÇALVES LEMES1, GABRIEL JOSÉ GUEDES QUIRINO1, VITOR OLIVEIRA MARTINS1, DILAILSON CARLOS COSTA JÚNIOR1, ANIO IVAN HOLANDA LIMA1, AMANDA APARECIDA DE LIMA ARRUDA1, AMANDA BRAGA VASCONCELOS DE ARAÚJO1, ADRIANO EVANGELISTA MAIA1, KETILEY FELÍCIO DA COSTA1, SUZZY MARIA CARVALHO DANTAS1, ANTONIO EDUARDO CASTRO BARROS1, YAGO MOTA GONDIM1
1. UFC - Universidade Federal do Ceará, 2. UNIFOR - Universidade de Fortaleza
f.ildelano@gmail.com

A anemia ferropriva é um problema de saúde pública que atinge principalmente, as crianças em fase de crescimento, adolescentes, mulheres em idade fértil e os idosos. Os indivíduos com essa anemia, dependendo da gravidade, podem apresentar palidez, cansaço, apatia, taquicardia, diminuição da imunidade e do rendimento cognitivo, etc. O objetivo do estudo foi verificar a frequência de anemia entre os usuários de um Laboratório de Análises Clínicas. Foi realizado um estudo retrospectivo e descritivo que avaliou 1.191 exames dos usuários de um Laboratório de Análises Clínicas, em Fortaleza-CE, atendidos no período de Janeiro a Junho de 2017. Foram estudados o hemograma e dados bioquímicos (ferritina, ferro sérico, capacidade latente de ligação de ferro, capacidade total de ligação de ferro e índice de saturação de transferrina) e esses dados foram analisados estatisticamente, utilizando o programa Microsoft Excel 2013. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará com número do parecer 2.648.096. Os resultados mostram que e m um total de 1.191 pessoas que realizaram o hemograma, o gênero feminino (62,3%) e idosas representou a maioria (43,3%) dos usuários. O diagnóstico da anemia, utilizando apenas a dosagem de hemoglobina, mostrou uma frequência de usuários anêmicos de 18,89%. O grau de anemia mais frequente foi de intensidade leve nos homens e moderado para as mulheres. Baseado nos dados bioquímicos, foi visto que 8% dos usuários anêmicos, tinha anemia ferropriva. Destes, 50% correspondia a mulheres adultas (21 a 45 anos) e 25% a idosos (50% homens e 50% mulheres). Nas mulheres mais jovens o desenvolvimento da anemia ferropriva pode ocorrer pela alta demanda de ferro devido as perdas menstruais regulares e, naquelas com idade superior a 40 anos, a causa é geralmente por perda sanguínea, ocasionada por pólipos, miomas uterinos e tumores pélvicos, que podem provocar sangramento uterino irregular e indolor. Concluiu-se que a moderada prevalência de anemia ferropriva encontrada pode ter sido subdimensionada, pois muitos usuários anêmicos não realizaram o estudo do status do ferro, que é um parâmetro importante para consolidar a etiologia.



Palavras-chaves:  Anemia Ferropriva, Ferritina Sérica, Hemoglobina