ACIDENTE OFÍDICO POR SERPENTE NÃO-PEÇONHENTA NA AMAZÔNIA OCIDENTAL: RELATO DE CASO
ANDERSON SANTOS FULBER 2, ANA GABRIELA BARBOSA CHAVES DE QUEIROZ 2, ÁUREA OLÍVIA RODRIGUES LOPES SILVA2, BRUNA SOARES GONÇALO2, BRUNO RAMOS RIBEIRO SANTOS2, KATHERINE GUIMARÃES DE ALENCAR2, MAYUMI CAVALCANTE HASHIGUCHI2, SÉRGIO DE ALMEIDA BASANO2
1. CEMETRON - Centro de Medicina Tropical de Rondônia, 2. UNISL - Centro Universitário São Lucas, 3. UNP - Universidade Potiguar
gabrielabcq@hotmail.com

INTRODUÇÃO: De todos os acidentes envolvendo serpentes cerca de 40% são causados por cobras não peçonhentas. Uma característica importante a ser observada no local da picada é que as cobras não peçonhentas geralmente deixam múltiplos sinais de picada, com trajeto em arco. Dentre as características das cobras não peçonhentas podemos destacar que elas possuem a cabeça arredondada e não possuem dentes inoculadores e nem glândulas de veneno.  Os acidentes com esses tipos de serpentes são mais comuns em adultos jovens do sexo masculino que procedem da zona rural. OBJETIVO: apresentar a evolução clínica de um acidente por serpente não peçonhenta. DESENHO DE CASO: Paciente dá entrada no CEMETRON, referindo picada de cobra há 4 horas, nega dor e relata parestesia no local da picada, em membro inferior esquerdo (MIE) – relata também ter tido reação alérgica após a picada, em MIE. Paciente apresenta pressão arterial de 114x63 mmHg, pulso de 92 bpm e temperatura de 36°. O MIE não apresentou edema ou equimoses. À paciente, foi administrado soro fisiológico 0,9 – 500 ml, via endovenosa, a cada 6 horas, sem soroterapia específica para acidente ofídico. Paciente recebeu alta no mesmo dia, deambulando normalmente. MÉTODOS: Dentre os métodos utilizados para a realização do relato, estão a pesquisa literária, da qual foram retiradas informações acerca da espécie envolvida no acidente ofídico, e a utilização de prontuários da paciente, além de seus exames laboratoriais, dos quais se pode obter os dados e abordagens adotadas no caso. RESULTADOS: Diagnóstico de acidente ofídico por espécie desconhecida, com evolução e prognóstico positivo. DISCUSSÃO: Acidentes por serpentes devem sempre ser acompanhados atentamente, pois o diagnóstico se baseia na observação dos sintomas e sinais presentes no acidentado. Acidentes por serpentes não peçonhentas, em alguns casos, podem causar edema, dor e equimose na região da picada, como outras complicações. CONCLUSÃO: Todo acidente por serpente deve ser tratado com extrema cautela, ressaltando-se que mesmo os casos não provenientes de peçonhentos podem acometer a saúde do indivíduo de forma negativa levando culminando principalmente em edemas.



Palavras-chaves:  não-peçonhento, ofidismo, serpente