RELATO DE CASO: ACIDENTE COM ARRAIA EM ÁREA RIBEIRINHA NA AMAZÔNIA OCIDENTAL.
ANDERSON SANTOS FULBER 1, ANDRÉ FELIPPE MORAIS FRANÇA1, JÉSSICA NATHÁIRA DA SILVA DUARTE1, JÉSSIKA SILVA MÜLLER1, LÍSIA FERREIRA GONÇALVES1, STELLA ANGELA TARALLO ZIMMERLI1, GLAUCE ANNE CARDOSO1, SERGIO ALMEIDA BASANO1
1. UNISL - Centro Universitário São Lucas, 2. UNEMAT - Universidade Estadual do Mato Grosso , 3. UNINORTE - União Educacional do Norte , 4. CEMETRON - Centro de Medicina Tropical de Rondônia
lisiafg8@gmail.com

Introdução : Na região Amazônica os acidentes por Arraias em rios de água doce, costumam ocorrer em lugares distantes e isolados, evoluindo muitas vezes com maior gravidade, devido ao difícil acesso às unidades hospitalares. Os acidentes ocorrem por animais da família Potamotrygonidae , quando pisados ou quando se sentem ameaçados pelo contato em seu dorso, levando-o a inocular o veneno através de ferrão. Objetivo : relatar um caso de ictismo por arraia fluvial complicada com infecção de partes moles. Descrição do c aso : E.S.A, masculino, 49 anos. Relata que em 27/03/18 procurou UBS de Cujubim Grande-RO, com lesão perfurocontusa em dorso-lateral em pé esquerdo, com sangramento discreto, dor lancinante, realizado limpeza da lesão e profilaxia de tetano. Cerca de 24 horas após o acidente evoluiu com edema quente até 1/3 médio da perna, dor intensa e hiperemia perilesional com ponto necrótico no local da lesão, quando procurou atendimento médico no Centro de Medicina Torpical de Rondonia, nesta ocasião foi administrado analgésicos sistêmicos , compressas mornas e iniciado amoxacilina + clavulanato por 10 dias. Decorrido 15 dias após o acidente procurou novamente o CEMETRON com queixa de há 3 dias dor e edema no local do acidente e saida de material serossanguinolento, nesta ocasião foi internado medicado com clindamicina e ciprofloxacina intravenosa e desbriamento de área necrótica perilesional cirurgico da lesão, permaneceu internado por 14 dias, e apresentou evolução clínica favoravel e recebeu alta hospitalar erm fase final de cicatrização. Discussão: Os acidentes peçonhentos acantóxicos causados por arraias fluviais, cujo veneno é de carater necrosante e a dor é o sintoma proeminente com duração de horas ou dias, o eritema e edema são reagionais, podendo em alguns casos acometer todo o membro atingido. O objetivo do tratamento é: alivio da dor, combate aos efeitos do veneno e prevenção de infecção secundária. Conclusão: Arraias fluviais estão amplamente distribuidas nas bacias dos rios na Amazônia, se constituindo um problema de saúde publica subnotificados devido, a grande distância regional. A maior gravidade destes ocorre pelo dificil acesso aos locais apropriados para o atendimento médico. No caso houve uma demora de 24 horas para o início do atendimento específico, e apesar do uso profilatico de antibióticos evoluiu com infecção secundária, que necessitou internação para drenagem cirurgica e antibioticoterapia prolongada.



Palavras-chaves:  Animal peçonhento, Arraia, Ictismo