LEVANTAMENTO DO AEDES AEGYPTI POR MEIO DE OVITRAMPA NO MUNICÍPIO DE SALINAS – MINAS GERAIS
PAULO FILIPE SANTOS FONSECA 1, ANDERSON SANTIAGO LOIOLA1, FREDERICO RODRIGO DE OLIVEIRA1, WALLESKA SILVA BARBOSA1, NATHALIA MENDES FIGUEIREDO1, BRENA LANA NEVES BARBOSA1, ALINTON AUGUSTO DE SOUZA1, PABLO EDUARDO RIBEIRO1, AMANDA OLIVA BRANDÃO1, JÚLIA JORDANA ALVES RODRIGUES1, VANESSA PAULINO DA CRUZ VIERA 1, PATRICIA NERY SILVA1
1. IFNMG - INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS - CAMPUS SALINAS
PAULOFMEDVET@GMAIL.COM

Atualmente a dengue é uma das mais importantes arboviroses que afeta o homem, tornando-se um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Fatores antrópicos possibilitam a presença de criadouros e a proliferação do mosquito Aedes aegypti , seu vetor biológico. Objetivou-se realizar um levantamento do Aedes aegypti por meio de ovitrampa no município de Salinas – Minas Gerais, que possui uma população estimada de 41.678 habitantes em 2017, localizada na mesorregião do Norte de Minas . No período de 01 /11 a 20/12/2017, f oram confeccionadas armadilhas artificiais ovitrampas, constituídas por recipientes pretos, com palheta de papel resistente de cor vermelha, fixada com clips e imersa em água, colocadas em 50 residências de dois bairros do município. As armadilhas foram instaladas em 25 casas por bairro. A cada sete dias, as palhetas foram recolhidas e substituídas por novas e as ovitrampas foram alternadas entre frente e fundos de cada residência. As palhetas foram encaminhadas ao Laboratório de Estereoscopia do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - Campus Salinas para contagem dos ovos através de microscópio estereoscópico. Os dados meteorológicos de temperatura, umidade relativa do ar, e precipitação pluviométrica dos dias em estudo foram obtidos no site do Instituto Nacional de Meteorologia. A presença de ovos foi registrada em todas as coletas, totalizando 6.597 ovos. Verificou-se a distribuição espacial da infestação nos bairros monitorados, com índices de positividade (IPO) de 20,2%, 62,3%, 52% e 56% nas quatro semanas de avaliação, respectivamente. O índice de densidade dos ovos (IDO) foi de 51,60, 35,56, 34,98 e 36,73 nas quatro semanas, respectivamente. Os períodos de menor e maior reprodução foram na semana 1, com 516 e na semana 2 com 2.205 ovos. Dentre os fatores abióticos analisados a temperatura média apresentou relação significativa com os índices obtidos. Foram observadas também, diferenças significativas entre o número de ovos em relação às semanas e locais de coleta, revelando a inexistência de um padrão de distribuição temporal e espacial do mosquito. Os dados obtidos apontaram para a eficiência da armadilha, pela quantidade de ovos obtida em um curto período de tempo, provando que o monitoramento é uma ferramenta de extrema relevância no controle do mosquito. Os dados alertam para o risco de epidemias associadas a fatores ambientais favoráveis ao mosquito, contribuindo para as ações da vigilância epidemiológica.



Palavras-chaves:  arboviroses, armadilha, dengue, epidemiologia, saúde pública