QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES EM TRATAMENTO PARA TUBERCULOSE PULMONAR
CYNTHIA ANGÉLICA RAMOS DE OLIVEIRA DOURADO 1, EVELYN MARIA BRAGA QUIRINO 1, CLARISSA MOURÃO PINHO1, MÔNICA ALICE SANTOS DA SILVA1, SIMONE ANDRADE GONÇALVES DE OLIVEIRA1, MARIA SANDRA ANDRADE1, SÉRGIO BALBINO DA SILVA1, CESAR DE ANDRADE DE LIMA1, RAYANNE MODESTO LUNA ANDRADE 1, LUCAS DOS SANTOS FEITOSA1
1. FENSF-UPE - Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças-Universidade Estadual de Pernambuco
cynthiaaro@gmail.com

A tuberculose é reconhecida como uma doença negligenciada, que sofre influências dos fatores imunológicos e sociodemográficos e estilo de vida inadequado. Tais determinantes contribuem para a dificuldade no diagnóstico, além da interferência na qualidade de vida. A intenção da pesquisa foi avaliar a qualidade de vida em pacientes com tuberculose pulmonar (TP). Trata-se de uma série de casos, com abordagem quantitativa. O estudo foi realizado em uma policlínica classificada como centro de referência regional, em atendimento ambulatorial para portadores de tuberculose, na cidade do Recife, Pernambuco, entre setembro e dezembro de 2017. Participaram do estudo, 18 sujeitos, utilizando-se um questionário sociodemográfico e clínico próprio, e a escala de qualidade de vida (SF-36). Os resultados mostraram que a maioria dos entrevistados era do sexo masculino, com idade entre 19 a 95 anos ± 45,56 anos, possuíam ≥ 9 anos de estudo (8;44,4%), assalariados/ autônomos (8; 44,4%), declararam receber até 1 salário mínimo (8; 44,4%) e não possuíam domicílio próprio (8;44,4%). Evidencia-se predominância daqueles no 3º (9; 50%) e 4º meses de tratamento (4; 22,2%), sendo relatados como principais sintomas prévios, a tosse há mais de 3 semanas (17; 94,4%), emagrecimento (15; 83,3%) e sudorese noturna (13; 72,2%); como sintoma atual a persistência da tosse (9; 50%). Observou-se que as médias variaram de 5,56 a 80,22, sendo mais elevadas nos domínios aspectos sociais e saúde mental, que apresentaram resultados com média de 71,53±26,36 e 80,22±14,22, respectivamente. Entretanto é importante ressaltar que os domínios limitação por aspectos físicos e aspectos emocionais apresentaram médias bastante baixas, 5,56±23,57 e 16,67±34,77. Tais resultados confirmam que a tuberculose compromete a qualidade de vida das pessoas infectadas, pois além da implicação física, há os fatores emocionais e psíquicos envolvidos. Embora seja uma doença tratável e curável, ainda existe o estigma, a falta de informação e medo por parte da sociedade em adquirir a doença. É fundamental promover ações de capacitação da equipe da saúde, criando vínculo paciente-profissional para melhorar a rede de apoio e a qualidade de vida destas pessoas.



Palavras-chaves:  Promoção a Saúde, Qualidade de vida, Tuberculose Pulmonar