VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA ESQUISTOSSOMOSE NO ESTADO DE ALAGOAS NO PERÍODO DE 2014 A 2017 |
A esquistossomose é uma doença parasitária ocasionada pelo trematódeo Schistosoma mansoni que possui o homem como hospedeiro definitivo e os caramujos do gênero Biomphalaria como hospedeiros intermediários. A parasitose é adquirida pela exposição a águas contaminadas, sendo assim, fatores associados ao saneamento básico, hábitos de vida e condições socioeconômicas são considerados de risco. Dessa forma, objetivou-se analisar um panorama geral sobre a epidemiologia relacionada à esquistossomose no Estado de Alagoas tendo em vista que a prevenção e o tratamento desta são de extrema importância já que se trata de uma doença grave que pode levar ao óbito. Dessa maneira, trata-se de um estudo descritivo realizado através da coleta de dados na plataforma DATASUS entre os períodos de 2014 a 2017, mais de 50 municípios do Estado de Alagoas participaram. Analisaram-se as porcentagens positivas para a doença comparando-as com o número de pessoas tratadas e com os índices do ano posterior, para assim ser observado à evolução. Além disso, dados bibliográficos foram selecionados com base no Inquérito Nacional de Prevalência da Esquistossomose mansoni e Geo-helmintoses e artigos do Scielo também foram estudados para embasar o presente trabalho. Foi verificado que ao passar dos quatro anos as porcentagens totais de casos positivos para Esquistossomose em Alagoas diminuíram (6,01% - 2014; 5,02% - 2015; 4,96% - 2016; 3,88% - 2017), entretanto, no âmbito individual alguns municípios obtiveram porcentagens oscilantes e outros tiveram suas taxas sempre crescentes, a exemplo do município de Branquinha (17,37% - 2014; 21,72% - 2015; 22,78% - 2016; 48,21% - 2017), que mesmo com um número significativo de pacientes tratados permaneceu com os maiores índices positivos. Concomitantemente, foi notado que o ano de 2016 possui os maiores dados crescentes, dos 50 municípios estudados 29 tiveram suas porcentagens aumentadas e 24 diminuídas. Assim, mesmo com números reduzidos de casos de Esquistossomose no Estado de Alagoas é notória a existência de uma linha tênue no controle da doença, sua profilaxia deve ser mantida de forma rigorosa para que a patologia não se alastre por isso a importância da discussão de tal assunto. Faz-se necessário o desenvolvimento de políticas de saúde que objetivem superar e controlar a doença, além de ações intervencionistas de prevenção e promoção à saúde, é essencial que a população seja informada sobre a doença, seus riscos e sua prevenção. |