ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DA TUBERCULOSE MULTIRRESISTENTE
ÉRICO RAFAEL BARROS DE GUSMÃO VERÇOSA 1, MYLENA DE CÁSSIA BEZERRA FÉLIX SANTANA1, LUCAS DE ARAÚJO FREITAS1, ALESSON GABRIEL DOS SANTOS1, MARÍLIA GABRIELA DOS SANTOS SILVA1, JOSÉ WELLINGTON ROCHA DOS SANTOS JÚNIOR1, JOÃO VITHOR LEÃO SAMPAIO1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes
erico.rafaelbarros@hotmail.com

Tuberculose (TB) é uma das doenças infecciosas com maior mortalidade mundialmente, ocasionando mais de dois milhões de óbitos e oito milhões de novos casos anualmente. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um terço da população mundial encontra-se infectada com o bacilo da TB. O tratamento convencional da TB constitui-se pela administração simultânea de isoniazida (INH), rifampicina (RMP) e pirazinamida (PZA) durante dois meses, seguida por quatro meses da associação INH e RMP. Esse trabalho objetivou descrever a multirresistência de Mycobacterium tuberculosis aos antibióticos e conscientizar a população e a comunidade científica acerca desse problema de saúde pública. O presente trabalho foi realizado através de revisão de literatura nas bases de dados SCIELO e PUBMED. Os termos pesquisados para a revisão foram: Tuberculose, Multirresistência, Mycobacterium tuberculosis e Antibióticos. A multirresistência aos antibióticos usados no tratamento da TB deve-se a modificações individuais e espontâneas em diversos genes independentes, que são alvo das drogas utilizadas. A aplicação de regimes de tratamento inadequados, o abandono ao mesmo, o uso de medicamentos de qualidade duvidosa e o fornecimento inadequado pela farmácia são fatores que contribuem para a emergência de resistência. Em 2017 ocorreram 600 mil novos casos de resistência à RMP, antibiótico mais efetivo contra a doença. Estima-se que, no mundo, pelo menos 700 mil pessoas já morreram por resistência antimicrobiana, e que um quarto desses óbitos foi por TB. Os dados limitados sobre a resistência aos antibacilares em países em desenvolvimento ocorrem, em parte, devido à carência de condições para efetuar cultura e testes de susceptibilidade aos antibióticos (TSA). O tratamento adequado dos pacientes, com combinações dos fármacos durante períodos prolongados, leva a cura em 95% dos casos de TB. Devido a esse fato, mostra-se necessária a correta adesão ao tratamento por parte dos pacientes acometidos, principalmente aqueles com TB multirresistente.



Palavras-chaves:  Antibióticos, Infecção, Mortalidade, Multirresistência, Tuberculose