AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS PRIMATAS NÃO HUMANOS (PNH) CONFIRMADOS COM FEBRE AMARELA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NOS ANOS DE 2017 E 2018
DA SILVA CRISTINA FREIRE2,1, ENY REGINA DA SILVA QUEIROZ ENY QUEIROZ2,1, SILVIA CRISTINA DE CARVALHO CARDOSO SILVIA CARVALHO2,1, CAROLINE GAVA2,1, JOSÉ RODRIGO MORAES2,1, GILVANIA DE LIMA MOURA2,1
1. SES RJ - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, 2. UFF - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, 3. IESC-UFRJ - INSTITUTO DE ESTUDOS DE SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, 4. ENSP/FIOCRUZ - Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca/FIOCRUZ
capcristinafreire@gmail.com

INTRODUÇÃO: A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa não-contagiosa cujo agente etiológico é um arbovírus pertencente ao gênero Flavivirus , família Flaviviridae . Há dois ciclos conhecidos de transmissão do vírus da FA : um urbano, no qual o Aedes aegypti é o principal vetor e um silvestre onde diversas espécies de mosquitos atuam como vetores, principalmente Haemagogus spp. e  Sabethes spp. No ciclo silvestre o homem é um hospedeiro acidental, o principal hospedeiro é o primata não humano (PNH). No Estado do Rio de Janeiro (ERJ) o 1º caso positivo de PNH foi registrado em março de 2017. Este estudo buscou analisar a distribuição espacial dos casos de Febre Amarela em PNH no ERJ no período de 2017 a 2018. METODOLOGIA: Estudo descritivo dos dados do monitoramento dos PNH durante o período de sazonalidade da doença. Foram georreferenciados todos os casos de febre amarela em primatas não humanos notificados ao SINAN e com confirmação laboratorial. Para a avaliação da distribuição espacial foi realizada a análise da densidade de Kernel, sendo utilizado o software QGIS. Foram construídos mapas de Kernel para os casos no primeiro (07/2016 a 06/2017) e segundo (07/2017 a 06/2018) ciclos. RESULTADOS: Foram georreferenciados 90% (n=54) dos casos de febre amarela em primatas não humanos. No período em análise houve registro de casos em todas as regiões do estado, exceto na região Noroeste Fluminense. Todos os casos ocorreram em áreas de matas, em grande parte adjacente a áreas urbanas. No primeiro ciclo, as epizootias ocorreram nas regiões: Serrana, Metropolitana II e no Norte Fluminense. O mapa de Kernel indicou uma localidade com maior densidade de casos na região Serrana. No segundo Ciclo, o mapa revelou uma expansão dos casos detectados para as demais regiões, com áreas quentes em municípios das regiões: Médio Paraíba, Baía da Ilha Grande e Centro Sul. Conclusão : A caracterização da dinâmica espacial das epizootias contribuiu para o conhecimento de áreas de maior risco de febre amarela em humanos e demonstrou uma expansão espacial em diversas regiões do ERJ da positividade entre os PNH, evidenciando a circulação viral nas áreas de mata do estado.      



Palavras-chaves:  arboviroses, epizootias, febre amarela, georreferenciamento