CARACTERÍSTICAS DOS ATENDIMENTOS ANTIRRÁBICOS HUMANOS PÓS-EXPOSIÇÃO EM JUAZEIRO DO NORTE – CE, 2009-2017
EVANÚSIA DE LIMA 1, DAVID ANTONIUS SILVA MARROM1, FRANCIMONES ROLIM DE ALBUQUERQUE1, MARIA NIZETE TAVARES ALVES1
1. SESAU - SECRETARIA DE SAÚDE DE JUAZEIRO DO NORTE - CEARÁ
eva_doce2006@yahoo.com.br

A raiva humana é uma zoonose de grande relevância em Saúde Pública sobretudo pela sua alta letalidade, é uma doença infecciosa aguda e o principal reservatório é o cão enquanto que para os herbívoros são os, morcegos e raposas. A transmissão ocorre de um indivíduo infectado a outro susceptível principalmente através da saliva. A profilaxia da raiva adequada, em tempo oportuno em pessoas agredidas previne a ocorrência de novos casos. Todo atendimento de acidente por animal potencialmente transmissor da raiva deve ser notificado pelos serviços de saúde, por meio da Ficha de Investigação de Atendimento Antirrábico e alimentado no Sistema Nacional de Agravos – SINAN, bem como deve ser realizado o protocolo da profilaxia da raiva conforme as características da agressão. O objetivo desse estudo é descrever a distribuição dos atendimentos antirrábicos humanos pós-exposição e suas características no município de Juazeiro do Norte – Ce de 2009 a 2017. Trata-se de um estudo transversal de natureza quantitativa, utilizando dados secundários das fichas de notificação do SINAN. Em Juazeiro do Norte-CE no período estudado, foram notificados 7474 atendimentos antirrábicos humanos pós-exposição, uma média de 830 casos/ano, com maior frequência no ano de 2013 (1279 notificações). Todas as faixas etárias foram acometidas, a mais atingida representa 25% dos casos, sendo de 20 a 39 anos, o sexo predominante foi o masculino com 53% e quanto a escolaridade, 32% possuem o ensino fundamental incompleto. A espécie que mais agrediu foi a Canina, 69%, a condição do animal sadio foi a de maior repetição, 69%, a forma da agressão por mordedura representa 80% dos casos e o esquema de tratamento indicado mais recomendado foi a vacina, com 54% dos casos. Conclui-se que os adultos jovens do sexo masculino no município correm mais riscos de serem agredidos pela espécie canina e é relevante enfatizar que mesmo a maior parte dos animais que agridem serem sadios, a vacina é o esquema mais utilizado, vale salientar, que é importante também a observação do animal e o uso do protocolo da profilaxia da raiva conforme preconiza o Ministério da Saúde. Apesar da manutenção do sistema de controle da raiva urbana e de um perfil epidemiológico favorável à ausência de casos de raiva no ciclo urbano, deve-se manter a vigilância ativa constante, para detecção de quaisquer alterações no perfil do agravo.



Palavras-chaves:  Perfil de Saúde, Raiva, Saúde Pública,