RISCOS DE INFECÇÃO GENITAL FEMININA POR Chlamydia trachomatis PARA REPRODUÇAO HUMANA
LUCAS DE ARAÚJO FREITAS 1, ALESSON GABRIEL DOS SANTOS1, ÉRICO RAFAEL DOS SANTOS1, JOSÉ WELLINGTON ROCHA DOS SANTOS JÚNIOR1, JOÃO VITHOR LEÃO SAMPAIO1, MYLENA DE CÁSSIA BEZERRA FÉLIX SANTANA1, MARÍLIA GABRIELA DOS SANTOS SILVA1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes
lucas_araujo101010@hotmail.com

Chlamydia trachomatis é uma bactéria Gram‐negativa, patógeno intracelular obrigatório que causa de doenças em ambos os sexos, porém, afeta principalmente mulheres jovens sexualmente ativas. Apresenta um ciclo celular único, bifásico, distinto das demais bactérias o que aumenta a dificuldade para a sua eliminação pelo sistema imunológico. As infecções por C. trachomatis são assintomáticas, dificultando o seu diagnóstico precoce e, posteriormente, ocasionando danos às tubas uterinas, parto prematuro, infertilidade, conjuntivites no recém-nascido, doença inflamatória pélvica e endometrite pós-parto. Entre as principais causas de doenças sexualmente transmissíveis, a C. trachomatis constitui um dos agentes etiológicos bacterianos mais frequentes em todo o mundo e, segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que ocorram, anualmente, mais de 90 milhões de novos casos. Esse trabalho objetiva descrever e verificar os fatores de risco relacionados à infecção por C. trachomatis e conscientizar a população e a comunidade científica acerca desse problema de saúde pública. Para a realização deste resumo, foi realizada uma revisão de literatura através de artigos científicos publicados nas bases de dados Cochrane Library, PUBMED, LILACS e SCIELO. Os principais fatores de risco para infecção por C. trachomatis identificados são: idade abaixo de 25 anos, múltiplos parceiros ou novo parceiro sexual nos últimos três meses, uso irregular de preservativo, história prévia de infecção por C. trachomatis ou de outra doença sexualmente transmissível e baixo nível socioeconômico. Diversos artigos descrevem esta infecçao como a principal causa de infertilidade e também sua associação com a falha de Fertilização in vitro. Outro ponto relevante é a contaminação após a fertilização, ou a reativação de infecção prévia. Caso a exposição aconteça durante a gravidez, pode ocorrer ectopia cervical, levando a complicações. Os resultados do presente estudo evidenciam a necessidade de estratégias efetivas para detecção precoce da infecção por C. trachomatis entre mulheres assintomáticas. Faz-se necessário o desenvolvimento de campanhas para esclarecimento, prevenção e tratamento precoce dessa infecção, principalmente nos grupos de risco, pois, desse modo, sequelas mais severas, decorrentes de uma infecção tratável e que afeta principalmente a população jovem e de menor renda, podem ser evitadas.



Palavras-chaves:  Clamídia, Chlamydia trachomatis, Infecção, Infertilidade, Reprodução humana