VIGILÂNCIA DE FEBRE AMARELA SILVESTRE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
GABRIELLE DAMASCENO DA COSTA CHAGAS1, SILVIA C DE CARVALHO1, ALEXANDRE CHIEPPE1, MARIO SERGIO RIBEIRO1, VALTER ALMEIDA1, RITA DE CASSIA VASSOLER1
1. SES/RJ - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO
gabidamasch@gmail.com

INTRODUÇÃO: A febre amarela (FA) é uma doença infecciosa aguda, de alta letalidade, causada por um arbovírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, para a qual há disponível vacina eficaz. OBJETIVO: Descrever as estratégias de vacinação adotadas pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES RJ) para o enfrentamento da Febre Amarela Silvestre. METODOLOGIA: Relato de Experiência das estratégias realizadas pela SVS/SES RJ para evitar a ocorrência de casos de FA na população. DISCUSSÃO: Em jan/17, em função do cenário epidemiológico da FA nos estados de Minas Gerais (MG) e Espirito Santo (ES), com a ocorrência de surtos da doença em diversos municípios, a SES RJ definiu uma área de vacinação, englobando 16 municípios do ERJ limítrofes com MG e ES, com o objetivo de vacinar a população residente ou que trabalhasse em zona rural/mata. Ressalte-se que o estado do Rio de Janeiro não era área de recomendação de vacinação contra FA pelo Ministério da Saúde. Também modificada a definição de caso suspeito da doença, tornando-a mais sensível para captação dos casos menos graves. No 2º sem/2017, em função da entrada do vírus da FA em municípios da região Norte, Noroeste e Baixada Litorânea, a SES RJ definiu todo o ERJ como área temporária de recomendação vacinal, com previsão de aporte gradual de doses de vacinas até janeiro de 2018. Nas áreas com evidência de circulação viral (casos em humanos ou epizootias confirmadas) a vacinação deveria englobar toda a população maior de 6 meses de idade, incluindo gestantes e indivíduos com mais de 60 anos. Foram confirmados 27 casos de febre amarela 2017 e cobertura vacinal 40,18%. Em janeiro de 2018 foi incorporada, na região metropolitana, a vacina com dose fracionada. Até junho de 2018 foram confirmados 277 casos da doença e uma cobertura vacinal de 64,21%. CONCLUSÃO: Apesar da estratégia adotada de ampliação precoce das áreas de recomendação vacinal, com vistas à prevenção da ocorrência de casos humanos, as dificuldades em ampliar de forma rápida a cobertura vacinal, principalmente nas localidades sem casos registrados, houve a ocorrência de casos em humanos. A veiculação em mídia de possíveis eventos adversos vacinais, a resistência de alguns segmentos de profissionais de saúde em indicar a vacinação e a falta de percepção de risco de parte da população podem ter contribuído para as baixas coberturas vacinais registradas no estado.



Palavras-chaves:  ARBOVIROSE, FEBRE AMARELA, LETALIDADE, SURTO, VIGILÂNCIA