IMPLANTAÇÃO DA VIGILÂNCIA DOS ÓBITOS POR TUBERCULOSE EM PERNAMBUCO
VIVIANY SOUZA DE OLIVEIRA 1, RAISSA CRISTINA SOARES DE OLIVEIRA1, DANYELLA KESSEA TRAVASSOS1, CÂNDIDA MARIA NOGUEIRA RIBEIRO1, ANA CLAUDIA ARAÚJO DA SIVA1, MARIA EUSEMAR MASSENA1
1. SES-PE - Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco
vivianysouza@hotmail.com

O óbito por tuberculose (TB) é um evento sentinela por ser evitável e indicativo de falhas da rede social e do sistema de saúde. Pernambuco (PE) ocupa o segundo lugar em mortalidade, ocorrendo em média, 378 óbitos por ano. O objetivo deste trabalho foi descrever como se deu a implantação da vigilância dos óbitos por tuberculose (TB) em Pernambuco (PE), refletindo sobre desafios e potencialidades de atuação enquanto programa de controle da tuberculose a fim de conhecer os determinantes do evento do óbito. A pesquisa iniciou-se com o projeto piloto em Recife, por ser o primeiro no país com maior coeficiente de mortalidade por TB (7,3 por 100 mil habitantes) dentre as capitais do Brasil. Foi instituído o Grupo de Trabalho (GT) estadual, através da Portaria SES/PE Nº 175 de 20 de abril de 2015, sendo o ponto de partida para a elaboração das fichas e organização da estratégia de investigação dos óbitos por TB. A implantação ocorreu em três etapas: 1 - construção dos fluxos de investigação domiciliar e hospitalar; 2 - elaboração dos instrumentos de investigação; 3 - identificação do registro do óbito no SIM e SINAN estadual, além dos casos notificados através do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO). Os resultados apontam dificuldades como: falta de reconhecimento da atividade de vigilância do óbito; prontuários ilegíveis e incompletos; dificuldade no acesso aos sistemas de informação como Gal e Sinan; tempo inoportuno para realização de exames laboratoriais; comunicação falha entre assistência e vigilância epidemiológica. Também foram relatados avanços: maior interação com o município, crescimento das investigações e conscientização da importância da vigilância do óbito. Os óbitos por TB não têm sido objeto da vigilância no Brasil, investiga-los de forma oportuna permite prevenir um evento evitável, identificar possíveis falhas na assistência e melhorar a completude dos sistemas SIM e Sinan.



Palavras-chaves:  Registros de Mortalidade, Tuberculose, Vigilância Epidemiológica