OS DESAFIOS ATUAIS PARA O CONTROLE DA TUBERCULOSE NO BRASIL: UMA REVISÃO LITERÁRIA
ADOLFO LUCAS FELISBERTO COSTA1, BRUNA RAFAELLA SANTOS TORRES 1, CARLOS HENRIQUE BEZERRA DE SIQUEIRA1, CLÁUDIO GABRIEL PINTO1, DIEGO FIGUEIRÊDO MACÊDO SECUNDO1, IZABELLE BARBOSA DA SILVA1, MARIA HELENA ROSA DA SILVA1, MAYLLA BIANCA BARBOSA TAVARES1, NATÁLIA RODRIGUES ANDRADE1, NAYARA SANDRIELE SANTANA DE SOUZA1, RAYANA RIBEIRO TRAJANO DE ASSIS1, SANTÍLIA TAVARES RIBEIRO DE CASTRO E SILVA1, SONIELY NUNES DE MELO1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. FCM - Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
brutorrss@gmail.com

INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é uma doença bacteriana infecciosa que continua a ser uma ameaça global à saúde, com cerca de 10 milhões de novos casos por ano. Apesar do número de mortes e sua incidência terem sido reduzidos mundialmente, no Brasil, esses casos apresentam um número significativo de notificação após a morte e de abandono do tratamento da doença, indicando, desta forma, a existência de obstáculos atuais no controle da TB no país. OBJETIVO: O presente estudo teve como objetivo descrever os desafios para o controle da tuberculose no Brasil, buscando uma abordagem científica e contemporânea. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão literária de estudos publicados nas bases de dados SciELO, PubMed e Lilacs no período de janeiro de 2018 a junho de 2018. RESULTADOS: A maioria dos estudos ressalta a insuficiência na assistência à saúde e na proteção social como barreira para o acesso, a suspeição e o diagnóstico de casos de TB, visto que muitos dos fatores determinantes da doença, como a coinfecção pelo HIV, o tabagismo e a desnutrição, se sobrepõem em áreas de comunidades carentes urbanas e se manifestam em populações mais vulneráveis. Observou-se também que a descentralização dos serviços para a atenção primária de saúde representa um obstáculo que interfere no acesso ao diagnóstico e tratamento da TB. DISCUSSÃO: Esses resultados evidenciam a relevância das ações intersetoriais e multidisciplinares, como o modelo da Estratégia Saúde da Família (ESF), implementado a partir da década de 1990, que mesmo sob os desafios apresentados, promove o tratamento diretamente observado, estratégia importante para a diminuição das taxas de abandono, morte e desenvolvimento de TB multidrogarresistente. Conclusão: O Brasil ainda está longe de ter taxas de detecção adequadas, uma vez que os desafios apresentados no cenário atual refletem as iniquidades em saúde no país, o que retrocede o controle da TB. Por conseguinte, é necessário para a redução da incidência e da mortalidade da doença, mudanças no contexto econômico e político regional, além da educação em saúde, que promove conscientização dos usuários acerca da TB e de seu tratamento.

 



Palavras-chaves:  Brasil. , Controle. , Tuberculose.