PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM SÍFILIS CONGÊNITA EM ALAGOAS DE ACORDO COM OS NÍVEIS DE ESCOLARIDADE DA GENITORA E REALIZAÇÃO DO TRATAMENTO DO PARCEIRO.
ADOLFO LUCAS FELISBERTO COSTA1, BARBARA DE ALMEIDA SENA DA SILVA1, BRUNA RAFAELLA SANTOS TORRES 1, HENRIQUE GOUVEIA BORBA E SOUZA1, LORHANE NUNES DOS ANJOS1, MARIA HELENA ROSA DA SILVA1, NATÁLIA RODRIGUES ANDRADE1, SONIELY NUNES DE MELO1, TÂMARA MARCELA LOPES DE MAGALHÃES1, VICTOR CURY MENEZES1
1. UNIT-AL - Centro Universitário Tiradentes, 2. UNIT-SE - Universidade Tiradentes Sergipe
brutorrss@gmail.com

Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que representa grave problema de saúde pública no estado de Alagoas, cujo agente etiológico é a bactéria Treponema pallidum. Sendo assim, tem, como forma principal de contágio, a via sexual e pode ser transmitida verticalmente por via transplacentária em qualquer fase da gestação de mulheres infectadas ou tratadas inadequadamente. Caso o feto seja infectado, pode ocorrer abortamento, natimortalidade, nascimento prematuro ou sífilis congênita, a qual pode ser precoce ou tardia. Desta forma, associa-se os casos de sífilis com o nível escolar da mãe e sabe-se da necessidade de tratamento do parceiro para evitá-los. Métodos: Trata-se de um estudo exploratório documental com dados secundários obtidos pelo DATASUS do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) sobre o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com sífilis congênita no estado de Alagoas no intervalo de janeiro de 2010 a dezembro de 2017. Resultados: Pela análise dos dados, foram encontrados um total de 2911 casos de sífilis congênita em Alagoas, com domínio de casos entre 2013 e 2015. De todos os casos, apenas 5,98% das genitoras possuem grau de escolaridade até ensino fundamental completo. Um dado de relevância é que em 73,55% de todos os casos de nascidos com sífilis, as gestantes realizaram pré-natal. Desse grupo, 34,79% foi diagnosticado com sífilis durante esse período. No entanto, apenas 35,17% dos parceiros dessas mulheres realizaram o tratamento. Discussão: Por meio dos dados analisados, verificamos que o baixo nível de escolaridade da mãe amenta o risco de o concepto ter sífilis congênita. Observou-se ainda que mesmo com o crescimento da realização do pré-natal e o aumento de diagnósticos durante esse período, o número de casos de sífilis congênita permanece elevado devido a quantidade reduzida de parceiros tratados. Conclusão: Sendo assim, torna-se evidente a importância de intensificar o rastreio da sífilis durante o pré-natal para possibilitar o diagnóstico, acompanhamento e tratamento da mãe. Além disso, é fundamental destacar a relevância do tratamento concomitante do parceiro, a fim de evitar a recontaminação materna e transmissão transplacentária.



Palavras-chaves:  Alagoas. , Epidemiologia., Sífilis congênita.