A INCIDÊNCIA DA ESQUISTOSSOMOSE EM MUNICÍPIOS DE ALAGOAS, ENTRE 2015 E 2017. |
INTRODUÇÃO: A esquistossomose mansônica é uma doença infectoparasitária, adquirida através do contato humano com águas contendo formas infectantes do Schistosoma mansoni . Desde meados da década de 90, essa cursa como endemia no estado de alagoas, sendo considerada de relevância em saúde pública no Brasil. Dentro desse contexto, no presente estudo objetivou-se avaliar a incidência da esquistossomose nos municípios de Alagoas, no período de 2015 a 2017. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, de caráter quantitativo, com dados oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação- SINAN e do Programa de Controle da Esquistossomose- PCE, disponíveis no Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde-DATASUS. RESULTADOS: Os resultados deste estudo evidenciaram uma redução na população trabalhada nos municípios de alagoas pelo PCE de 94,38% (comparando-se o ano de 2015 com o ano de 2017), uma maior incidência da esquistossomose em 2016, com 125 casos notificados e outras divergências epidemiológicas nesse ano, sendo os mais acometidos com essa endemia indivíduos do gênero feminino(59,2%) e igualitária a incidência entre faixa etária de 20-39 anos e 40-59 anos(31,2%). Foram analisados para esse fim a notificação de 44 casos de esquistossomose em 2015 e 70 em 2017, com alta frequência da doença no gênero masculino e na faixa etária de 40-59 anos e a população trabalhada nos municípios de alagoas pelo PCE, que foram de 13.354 em 2017, 198.718 em 2016 e 237.232 em 2015. DISCUSSÃO: A partir dos dados obtidos, observa-se que as ações de vigilância epidemiológica e de controle da esquistossomose foram diminuídas no ano de 2017 e como consequência os municípios alagoanos tornaram-se mais susceptíveis a novas infecções. Com essa maior vulnerabilidade, a prevalência e a intensidade das infecções tendem a ser superiores, com elevação da frequência nos casos de forma grave (hepatoesplênica) e no número de óbitos. CONCLUSÃO: Esta abordagem reforça a necessidade da intensificação das ações de saneamento, a influência da implementação de políticas públicas na melhoria da condição de vida das populações, como o PCE, que possibilita um diagnóstico precoce da doença, mostrando o valor da integração de suas atividades à rede de atenção básica e a importância de ações preventivas e de educação e intervenção no meio ambiente. |