A INCIDÊNCIA DA ESQUISTOSSOMOSE EM MUNICÍPIOS DE ALAGOAS, ENTRE 2015 E 2017.
BRUNA RAFAELLA SANTOS TORRES 1, CARLOS HENRIQUE BEZERRA DE SIQUEIRA1, CLÁUDIO GABRIEL PINTO1, DIEGO FIGUEIRÊDO MACÊDO SECUNDO1, IZABELLE BARBOSA DA SILVA1, MAYLLA BIANCA BARBOSA TAVARES1, NAYARA SANDRIELE SANTANA DE SOUZA1, RAYANA RIBEIRO TRAJANO DE ASSIS1, SANTÍLIA TAVARES RIBEIRO DE CASTRO E SILVA1, SONIELY NUNES DE MELO1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. FCM - Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
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INTRODUÇÃO: A esquistossomose mansônica é uma doença infectoparasitária, adquirida através do contato humano com águas contendo formas infectantes do Schistosoma mansoni . Desde meados da década de 90, essa cursa como endemia no estado de alagoas, sendo considerada de relevância em saúde pública no Brasil. Dentro desse contexto, no presente estudo objetivou-se avaliar a incidência da esquistossomose nos municípios de Alagoas, no período de 2015 a 2017. MATERIAL E MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, de caráter quantitativo, com dados oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação- SINAN e do Programa de Controle da Esquistossomose- PCE, disponíveis no Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde-DATASUS. RESULTADOS: Os resultados deste estudo evidenciaram uma redução na população trabalhada nos municípios de alagoas pelo PCE de 94,38% (comparando-se o ano de 2015 com o ano de 2017), uma maior incidência da esquistossomose em 2016, com 125 casos notificados e outras divergências epidemiológicas nesse ano, sendo os mais acometidos com essa endemia indivíduos do gênero feminino(59,2%) e igualitária a incidência entre faixa etária de 20-39 anos e 40-59 anos(31,2%). Foram analisados para esse fim a notificação de 44 casos de esquistossomose em 2015 e 70 em 2017, com alta frequência da doença no gênero masculino e na faixa etária de 40-59 anos e a população trabalhada nos municípios de alagoas pelo PCE, que foram de 13.354 em 2017, 198.718 em 2016 e 237.232 em 2015. DISCUSSÃO: A partir dos dados obtidos, observa-se que as ações de vigilância epidemiológica e de controle da esquistossomose foram diminuídas no ano de 2017 e como consequência os municípios alagoanos tornaram-se mais susceptíveis a novas infecções. Com essa maior vulnerabilidade, a prevalência e a intensidade das infecções tendem a ser superiores, com elevação da frequência nos casos de forma grave (hepatoesplênica) e no número de óbitos. CONCLUSÃO: Esta abordagem reforça a necessidade da intensificação das ações de saneamento, a influência da implementação de políticas públicas na melhoria da condição de vida das populações, como o PCE, que possibilita um diagnóstico precoce da doença, mostrando o valor da integração de suas atividades à rede de atenção básica e a importância de ações preventivas e de educação e intervenção no meio ambiente.



Palavras-chaves:  Alagoas. , Esquistossomose., PCE