ANÁLISE ECOLÓGICA DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO ESTADO DA BAHIA, POR REGIÃO DE SAÚDE E SEXO (2012 A 2016).
THAISE BORGES SANTOS 1, JULIANA ALVES LEITE LEAL1, IRAILDES ANDRADE JULIANO1, IAGO BARBOSA RIBEIRO1, HORTÊNCIA LIMA ALMEIDA1, WALDSON NUNES DE JESUS1, NATTMAN CARDOSO MENDES1
1. UEFS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
thaiseborges2@live.com

As notificações de acidentes por animais peçonhentos têm aumentado de forma significativa no Brasil, e uma das principais causas pode estar relacionada às modificações no ambiente produzidas pelo homem que acabam reduzindo a qualidade e quantidade dos habitats, fazendo que o contato com esses animais torne-se mais frequente. No país a incidência desse agravo foi de 18,7/100 mil hab. em 2000, e de 106,7/100 mil hab. em 2017, segundo dados disponibilizados pelo DATASUS. O presente estudo objetiva analisar a distribuição de acidentes por animais peçonhentos, no Estado da Bahia, Brasil, por região de saúde e sexo, no período de 2012 a 2016. Corresponde a um estudo ecológico de série temporal, com abordagem quantitativa, utilizando dados agregados oriundos da Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde (SUVISA) do Estado da Bahia, do período de 2012 a 2016. A coleta de dados ocorreu em abril de 2018, tendo como variáveis de análise o sexo e a regiões de saúde do Estado da Bahia; o indicador utilizado foi a incidência. Como resultado encontrou-se que os indivíduos do sexo masculino apresentaram maior número de notificações (54% nos anos pesquisados). O ano que apresentou maior notificação em ambos os sexos foi ano de 2014, no sexo masculino alcançou 11,84 casos/10 mil hab.; enquanto o feminino atingiu 10,07 casos/ 10 mil hab. Nas regiões de saúde houve predomínio da região Sudoeste que apresentou as maiores incidências nos anos estudados, sendo que esta ultrapassou a incidência geral do Estado que é de 10 casos/10 mil hab. A região com menor notificação foi a Nordeste, tendo em menor notificação em 2015 com 3,12 casos/10 mil hab. No que refere ao ano com maiores incidências foi também o ano de 2014, sendo que o maior registro foi de 27,06 casos/10mil hab. da Região Sudoeste. Os dados obtidos nos permitem afirmar que os acidentes por animais peçonhentos são um grave problema de saúde pública no Estado da Bahia, e no intuito de preveni-los são necessárias ações de vigilância ambiental, além da realização de ações de educação em saúde e a capacitação permanente dos profissionais de saúde.



Palavras-chaves:  Animais peçonhentos, incidência, prevenção de acidentes, vigilância ambiental em saúde, epidemiologia