SEMISSINTÉTICO E-ISODILAPIOL: POTENCIAL CITOGENOTÓXICO NO MOSQUITO Aedes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE)
MÍRIAM SILVA RAFAEL 1, LUIZ HENRIQUE FONSECA DOS SANTOS 1, ANA CRISTINA DA SILVA PINTO1, LETICIA CEGATTI BRIDI1, SABRINA DA FONSECA MEIRELES1, PEDRO RAUEL CÂNDIDO DOMINGOS1, ROSEMARY ROQUE1
1. INPA - Laboratório de Vetores da Malária e Dengue / Laboratório de Leishmaniose – Coordenação de Sociedade, Ambiente e Saúde - COSAS / Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2. UFAM - Laboratório de Biologia Molecular de Insetos / Universidade Federal do Amazonass
MIRIAMSILVARAFAEL.R@GMAIL.COM

Aedes aegypti é de importância epidemiológica, devido a sua capacidade de transmissão de arbovirus como, Dengue (DENV), Zika (ZIKV), Chikungunya (VCHIK) e Febre amarela (YFV). O controle de mosquitos vetores de doenças é realizado com inseticidas sintéticos. Porém, bioextratos de plantas, como o dilapiol e seus derivados, têm-se mostrado eficazes no controle de vetores resistentes a inseticidas sintéticos. O A. aegypti possui 2n=6 cromossomos. Estes ao serem expostos a semissintéticos de origem vegetal podem sofrer efeitos mutagênicos. Nesse sentido, a citogenética é útil para caracterizar micronúcleos e brotamentos, considerados biomarcadores mutagênicos em mosquitos. O objetivo deste trabalho foi estudar o semissintético e-isodilapiol, derivado do dilapiol, para avaliar seu potencial citogenotóxico em larvas de A. aegypti por 2 gerações, como opção de controle desse mosquito. Larvas de 3 o estádio foram obtidos de colônia formada em Insetário, após coleta de formas imaturas no Bairro Centro (Zona Centro-Sul), Município de Manaus, AM. Foram expostas a diferentes concentrações do e-isodilapiol (20 µg / mL, 40 µg/ mL e 60 µg / mL), por 4 horas. Foram realizadas preparações citológicas, pelo método de espalhamento. Obteve-se a nível celular, um aumento na frequência de anomalias nucleares proporcional ao aumento das concentrações utilizadas, nos tratamentos com e-isodilapiol. Adicionado ao aumento na frequência de anormalidades, observou-se redução na média de ovos dos casais expostos em relação aos casais controle. Estudos anteriores desta linha de pesquisa registraram a ocorrência de micronúcleos, brotamentos, células polinucleadas, más-formações, quebras cromossômicas e pontes anafásicas, em neuroblastos e ovócitos, após exposição de A. aegypti e Aedes albopictus aos derivados do dilapiol (éter etil dilapiol e éter n-butil dilapiol), sendo considerados bons marcadores de efeito tóxico. Os dados preliminares do biomarcador e-isodilapiol indicam que, a ocorrência de mais anomalias nucleares em gerações posteriores justificaria uma possível aplicação desses compostos no controle alternativo de A. aegypti .



Palavras-chaves:  Aedes aegypti, Citogenoxidade, Controle Biológico, Dilapiol