ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA HANTAVIROSE NAS DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL- NO PERÍODO DE 2013 A 2017
CLÁUDIO GABRIEL PINTO 1, CARLOS HENRIQUE BEZERRA DE SIQUEIRA1, SONIELY NUNES DE MELO1, IZABELLE BARBOSA DA SILVA1, SANTILIA TAVARES RIBEIRO DE CASTRO E SILVA1, MAYLLA BIANCA BARBOSA TAVARES1, BRUNNA RAFAELLA SANTOS TORRES1, RAYANA RIBEIRO TRAJANO1, DIEGO FIGUÊREDO MACÊDO SECUNDO1, NAYARA SANDRIELE SANTANA DE SOUZA1, MARIA ANILDA DOS SANTOS ARAÚJO1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. FCM - Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
claudiogp97@gmail.com

As Hantaviroses são infecções virais agudas transmitidas por roedores silvestres. No Brasil, desde a ocorrência do primeiro caso há um predomínio nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, ademais, embora esses números sejam pouco expressivos em relação a outras doenças zoonóticas, é importante considerar os variados casos de subnotificação. Dessa forma, esse estudo objetivou realizar uma análise epidemiológica da Hantavirose nas diferentes regiões brasileiras, no período de 2013 a 2017, demostrando sua incidência em determinadas faixas etárias e nos diferentes gêneros. Dessa maneira, trata-se de um estudo, retrospectivo, descritivo e de método quantitativo. Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/Net) via programa TabWin (DATASUS), baseado no período de 2013 a 2017. As notificações foram filtradas de acordo com as variáveis: ano dos primeiros sintomas, região de notificação, faixa etária e gênero. De acordo com as notificações registradas no SINAN, foi observado no território brasileiro um total de 463 novos casos de hantavirose no período retratado, estando distribuídas regionalmente da seguinte maneira: 178 (38,44%) casos na região sul, 139 (30,02 %) na região Centro Oeste, 127 (27,42 %) na região Sudeste, 18 (3,88 %) na região Norte e 1 (0,21 %) na região Nordeste. Além disso, de acordo com a faixa etária dos pacientes notificados notou-se uma maior incidência dos casos em pacientes de 20 a 59 anos, contabilizando 380 (82,07%) casos. Outrossim, quando analisado o sexo dos pacientes, verificou-se que 367 (77,10%) eram referentes ao gênero masculino. Assim, ficou evidente, que há uma heterogeneidade quanto a distribuição da hantavirose no território brasileiro, sendo a região Sul e Sudeste as mais afetadas. Além disso, corroborando com dados já existentes, a incidência foi maior em adultos masculinos, com faixa de idade entre 20 a 59 anos, sendo esse fator muito influenciado pela forma de infecção da doença. Desse modo, fica evidente a necessidade de uma correlação desses dados de incidência com o quadro clínico dos pacientes, visto que isso pode facilitar no diagnóstico, diminuindo assim, casos de subnotificações, proporcionando uma análise mais precisa da epidemiologia da hantavirose nas diferentes regiões brasileiras.



Palavras-chaves:  Epidemiologia , Infecções por Hantavirus , Zoonoses