ESTUDO DA ATIVIDADE DAS SUBFRAÇÕES DE Libidibia ferrea CONTRA Leishmania (Leishmania) amazonensis E CITOTOXICIDADE
BRUNO BEZERRA JENSEN 1,2, CLAUDIA DANTAS COMANDOLLI-WYREPKOWSKI1,2, MARIA DA PAZ LIMA1,2, PAULO ALAN DUARTE NOGUEIRA1,2, ANA FLÁVIA DA SILVA CHAGAS1,2, ERIKA OLIVEIRA DA SILVA1,2, PAULINE DE FARIA SOLDERA1,2, ANTONIA MARIA RAMOS FRANCO1,2
1. INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2. UFAM - Universidade Federal do Amazonas
brunobjensenfarma@gmail.com

A Leishmaniose Tegumentar é uma doença negligenciada de ocorrência em 98 países, considerada um problema de saúde pública. O tratamento utilizado para essa enfermidade no Brasil, vem demonstrando ineficácia, devido à ocorrência de reações adversas e de via de administração parenteral, gerando resistência dos pacientes à adesão do tratamento. Nos últimos anos, estudos têm demonstrado que várias partes das plantas possuem atividade contra o protozoário, uma delas é a Libidibia ferrea , espécie vegetal popularmente conhecida como jucá, que vem demonstrando grande interesse pela pesquisa terapêutica, com várias atividades biológicas comprovadas, como por exemplo, o uso do seu extrato metanólico e suas frações avaliadas em trabalhos preliminares apresentaram proeminente atividade antileishmania. Desse modo o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial antileishmania das subfrações da fração diclorometano (DCM) de L. ferrea a partir de ensaio biológico in vitro . Foi obtida a fração DCM a partir do fracionamento do extrato MeOH do fruto de L. ferrea , permitindo novos fracionamentos pelo método de cromatografia em coluna. Essas oito subfrações foram submetidas aos ensaios in vitro contra formas promastigotas de Leishmania ( Leishmania ) amazonensis, pelo método colorimétrico Alamar Blue ® e ensaio da atividade citotóxica com macrófagos peritoneais, com a finalidade de selecionar a subfração mais indicada para estudos futuros. Os resultados dos bioensaios demonstraram que a subfração 8 (Sf8) apresentou atividade biológica contra L. amazonensis , com IC 50 52,33 µg.mL -1 , valor este dentro do intervalo descrito na literatura, onde as concentrações ativas em ensaios biológicos in vitro, podem ser classificadas como: concentrações ativas (IC 50 entre 10-50 μg.mL -1 ), moderadamente ativas (IC 50 entre 50-100 μg.mL -1 ) e não ativas (IC 50 >100 μg.mL -1 ). Quanto ao estudo de citotoxicidade com macrófagos, não foi observada atividade citotóxica exposta a essa subfração. Esse estudo permitiu identificar que a subfração 8, demonstrou maior atividade antileishmania e candidata para estudos futuros, como na avaliação da atividade antileishmania com o parasita na forma amastigota e testes com outras espécies, contribuindo para elaboração de um proposto fitoterápico que possa auxiliar no tratamento da leishmaniose tegumentar.



Palavras-chaves:  Leishmaniose tegumentar, Libidibia ferrea, Ensaio in vitro, Leishmania amazonensis