AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTILEISHMANIA INDUZIDA POR COMPLEXOS METÁLICOS A BASE DE PRATA
PAULINE DE FARIA SOLDERA1,2, ANTONIA MARIA RAMOS FRANCO1,2, CLAUDIA DANTAS COMANDOLLI-WYREPKOWSKI1,2, ANA FLÁVIA DA SILVA CHAGAS1,2, BRUNO BEZERRA JENSEN 1,2, ANGELA MARIA COMAPA BARROS1,2, JOYARA MENEZES FREITAS MATOS1,2, MARINA PORCHIA1,2, FRANCESCO TISATO1,2
1. INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2. UFAM - Universidade Federal do Amazonas, 3. IENI - Istituto per l'Energetica e le Interfasi
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A leishmaniose é uma doença causada por parasitas do gênero Leishmania , transmitida por flebotomíneos infectados, podendo manifestar-se em diferentes formas clínicas. Os antimoniais pentavalentes são as drogas utilizadas para o tratamento e, apesar de sua eficácia, têm efeitos colaterais. A Química Medicinal Inorgânica oferece novas possibilidades de tratamento com metais, oferecendo vantagens sobre as drogas atuais. Sendo assim, esse estudo teve como objetivo avaliar o efeito in vitro de dois complexos metálicos à base de prata (Ag1 e Ag2) contra as formas promastigotas e amastigotas de Leishmania ( Leishmania ) amazonensis e L. ( Viannia ) guyanensis . Os complexos metálicos foram sintetizados pela equipe do IENI, Pádua, IT e encaminhados para testes biológicos no INPA, Manaus, BR. Os bioensaios foram realizados com as formas promastigotas e amastigotas de Leishmania, e analisados nos período de 24, 48 e 72h. Os resultados obtidos para atividade contra L . ( L. ) amazonensis foram: Ag1 apresentou melhor atividade no período de 24h com EC 50 >16,46, em comparação com controle positivo, EC 50 14,29, os demais períodos de estudos apresentaram valores de EC 50 >60, já Ag2, apresentou maior atividade na concentração de nos períodos de 24h, EC 50 15,67, e 72h, EC 50 14,53 em comparação com o controle positivo, EC 50 14,29. Contra a forma amastigota, houve reduzida infecção dos macrófagos, onde Ag1 presentou valor de 61% e Ag2 de 53% de macrófagos nos períodos de 24h. Contra L . ( V .) guyanensis , Ag1 não apresentou valores satisfatórios, com CE 50 >60 μM/mL, Ag2 apresentou atividade moderada no período de 24h, EC 50 43,22, em comparação com o controle positivo EC 50 24,62. Contra as formas amastigotas, com o complexo Ag1, houve morte celular dos macrófagos, Ag2 apresentou valor de 47% dos macrófagos não infectados, no períodos de 24h, Contras as formas promastigotas de L . ( L .) amazonensis , o complexo Ag2 apresentou resultados promissores, tanto em testes com formas promastigotas, quanto com formas amastigotas, concordando com os poucos relatos na na literatura, que indicam a atividade anti-Leishmania, principalmente com a espécie L . ( L. ) amazonensis , de complexos a base de prata, porém com ligantes diferentes aos que utilizamos, indicando que estudos in vivo dessa espécie com o complexo Ag2 tendem a ser promissores, devido a baixa citotoxicidade do metal no corpo e pela fato de ser facilemte eliminado do organismo.



Palavras-chaves:  Complexos metálicos, Leishmaniose, Leishmania amazonensis, Leishmania guyanensis, Prata