ARBOVIROSES E SÍNDROMES NEUROLÓGICAS: UM DESAFIO NA SAÚDE PÚBLICA |
As arboviroses são infecções causadas por arbovírus, transmitidas através da picada de vetores artrópodes hematófagos. No Brasil, as principais arboviroses são a dengue, a chikungunya e a zika, sendo estas disseminadas pelos mesmos vetores- Aedes aegypti e Aedes albopictus. Estas são um problema de saúde pública preocupante, posto que os transmissores possuem uma grande capacidade de adaptação a novos ambientes e hospedeiros, podendo causar viremias intensas, e mais recentemente, tem-se associado às infecções causadas por esses arbovírus ao comprometimento do sistema nervoso central e periférico, como a síndrome de Guillain-Barré (SGB) e a Microcefalia. Objetivou-se compreender o impacto na saúde pública diante da emergência das arboviroses e suas complicações, visto que se notou o aumento do número de casos de comprometimento do sistema nervoso. Esse resumo trata-se de uma revisão sistemática de análise crítica da literatura, em que foram lidos previamente artigos da base de dados eletrônicas: Scielo, Google Acadêmico, PubMed. Utilizou-se como critério de inclusão artigos disponíveis em português e publicados desde 2015. Diante da literatura lida, é intensificado a relação entre as arboviroses e os déficits neurológicos, pois a epidemiologia identificou um surto de SGB e outras manifestações neurológicas, posteriormente à introdução e rápida propagação da Zika, dengue e chikungunya no Brasil, implicando sobre os serviços de saúde, principalmente frente a ausência de vacinas e medidas efetivas de prevenção e controle. Frente a esse panorama, é visível o impacto na saúde brasileira, levando a sinalizar estado de emergência na saúde pública pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde após a disseminação das arboviroses no país. Situação essa que levou o governo a direcionar recursos e a desenvolver projetos para enfrentar essa epidemia, que tomou proporções extremas. Desse modo, denota-se a necessidade de políticas intervencionistas de grande espectro, que envolvam áreas além da saúde, como a educação preventiva. Há a necessidade também de priorizar o investimento nas vigilâncias epidemiológica, virológica, vetorial e de epizootias para que sejam desenvolvidas resoluções preventivas. Além do mais, o diagnóstico clínico precoce das arboviroses é essencial, necessitando desenvolver exames diagnósticos ágeis e sensíveis, principalmente diante da infecção de gestantes. |