AVALIAÇÃO DA GEOLOCALIZAÇÃO DE PACIENTES COM MALÁRIA E FORMULÇÃO DE ESTIMATIVAS DE LOCAIS ENDÊMICOS NO ESTADO DO AMAZONAS
SARA GISELE MAIA DA SILVA 1,2, HELDER TAKASHI IMOTO NAKAYA1,2, WUELTON MARCELO MONTEIRO1,2, LUCAS ESTEVES CARDOZO1,2, CAMILA MAIA DA SILVA1,2, ALESSANDRA PINHEIRO VIDAL1,2, VANDERSON DE SOUZA SAMPAIO1,2
1. PPGMT-UEA - Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da Universidade do Estado do Amazonas, 2. FMT-HVD - Fundação de Medicina Tropical - Dr. Heitor Vieira Dourado, 3. FVS-AM - Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas, 4. USP - Universidade de São Paulo, 5. FAMETRO - Faculdade Metropolitana de Manaus
sara.gsilva@yahoo.com.br

A malária é uma doença infecciosa, febril, aguda e muito comum em locais de clima tropical. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2015 foram registrados 143.647 casos no Brasil, dos quais 75.755 ocorreram no Amazonas. A espécie predominante foi o Plasmodium vivax, a qual tem como característica a presença de uma forma evolutiva (hipnozoíto) que pode permanecer oculta no fígado e eventualmente reativar a doença (recaída). Atualmente o Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica de Malária (SIVEP - malária) considera os locais prováveis de infecção com base em informações autorreferidas pelo paciente, concorrendo para a imprecisão desses dados. A maior precisão do local de infecção permitiria o desenvolvimento de políticas públicas eficientes, além de apoiar na diferenciação entre casos novos e recorrências para investigações posteriores. O projeto vem sendo desenvolvido em uma unidade terciária de Manaus. O objetivo geral é avaliar áreas de alto risco de transmissão de malária e a recorrência de malária por P. vivax na cidade de Manaus. É um estudo transversal no qual os dados de geolocalização dos pacientes suspeitos de malária foram coletados através do sistema Google Takeout que monitora a localização de usuários com contas Google em equipamentos móveis com sistema android (tablets e celulares). O paciente é acompanhado durante o acesso do aplicativo web "SiPoS" (www.sipos.fcf.usp.br) em um computador conectado a internet e devidamente configurado para manter a segurança dos dados do paciente. Uma vez conectado, os dados serão acessados e o arquivo no formato .JSON, onde constam os dados de deslocamento do paciente, será baixado para a nuvem, destinada unicamente a esse propósito para posterior análise. Até o momento foram realizados 229 cadastros, sendo 14% de casos negativos (58% M/42% F) e 86% de casos positivos para P. vivax (64% M/36% F). A média de idade apresentada até o momento é de 41,05 anos (18+88), a média de idade masculina é de 40,65(18+79) e a média de idade feminina é de 41,75(18+88), os pacientes apresentaram uma média de 3,61 dias (3,47-M/3,85-F) de sintomas antes de realizar o exame para confirmação da doença. Dos casos registrados 4,8% não informaram o local provável de infecção, sendo o local mais comum comunidades na Estrada Manoel Urbano (3,5%). Dos diagnósticos positivos 39% foram liberados com o resultado de duas cruzes. Os dados de geolocalização ainda estão em fase de análise.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Geolocalização, Malária