MORTALIDADE POR AIDS. UM ESTUDO NAS REGIÕES DE SAÚDE DO ESTADO DO PARÁ |
Após 37 anos de epidemia, a AIDS ainda continua sendo um sério problema de saúde pública em todo o mundo. De acordo com o último Boletim Epidemiológico (ano base de 2017) do Ministério da Saúde, foram notificados 882.810 casos de AIDS no Brasil, acumulados de 1980 a junho de 2017, sendo que a região Norte corresponde a 6,1 % do total de casos. Segundo o mesmo Boletim a taxa de mortalidade por AIDS está em declínio na maior parte das regiões do país. É digno de nota que na região norte a tendência da mortalidade é inversa, tendo aumentado ao longo da década entre 2007 e 2016. Este estudo estimou as taxas de mortalidade por HIV/AIDS entre as diferentes regiões de saúde do estado do Pará. Foi calculado ainda o indicador Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) nas diversas regiões de saúde do estado. O estado do Pará apresenta 13 regiões de saúde: 1) Araguaia; 2) Baixo Amazonas; 3) Carajás; 4) Lago de Tucurí; 5) Metropolitana I; 6) Metropolitana II; 7) Metropolitana III; 8) Rio Caetés; 9) Tapajós; 10) Tocantins; 11) Xingu; 12) Marajó I; e 13) Marajó II. Na série histórica entre 2007 e 2016 as taxas de mortalidade por HIV/AIDS aumentaram em todas elas. A maior taxa de mortalidade foi observada na Metropolitana I, com uma taxa de mortalidade por HIV/AIDS de 14,29 por 100.000 habitantes. Nessa mesma região, no ano de 2015, o total de APVP foi de 8843,5 anos, e a razão entre o indicador APVP e o número de óbitos foi de 28,80. Assim, a idade média do óbito foi 41,19 anos. Conclui-se que a AIDS constitui-se em uma causa expressiva de mortalidade precoce no estado do Pará. |