SOROPREVALÊNCIA DE ANTICORPOS ANTI-TOXOPLASMA GONDII EM CÃES DE ACUMULADORES DE ANIMAIS E/OU OBJETOS DA CIDADE DE CURITIBA – PARANÁ.
GRAZIELA RIBEIRO DA CUNHA1, SUZANA MARIA ROCHA 1, EVELYN CRISTINE DA SILVA1, DIRCIANE FLOETER1, MAYSA PELLIZZARO1, ANA CAROLINA YAMAKAWA1, HÉLIO LANGONI1, ALEXANDER WELKER BIONDO1
1. UFPR - Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Paraná - Campus Curitiba, 2. UNESP - BOTUCATU - Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” - Campus Botucatu, 3. UFBA - Departamento de Saúde Coletiva, Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal da Bahia., 4. SMMA - Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Prefeitura de Curitiba - Paraná
suzana.rocvet@gmail.com

O comportamento de acumulação compulsiva caracteriza-se pela dificuldade de se desfazer de objetos e/ou animais associado a uma necessidade de salvá-los e angustia em separar-se deles. O acúmulo traz uma série de consequências prejudiciais para a pessoa envolvida, seus animais e a comunidade, podendo gerar condições favoráveis à problemas sanitários e disseminação de zoonoses. Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi avaliar a frequência de anticorpos anti- Toxoplasma gondii em cães que vivem em situação de acúmulo em Curitiba/PR. De um total de 65 casos de acumuladores de animais identificados previamente na cidade, foi possível coletar amostra de sangue dos cães em 21 casos, totalizando 262 cães maiores de 1 ano de idade, no período de janeiro a dezembro de 2017. Em média foram analisados 12,52 animais por caso, variando entre 2 a 19 amostras por caso. As amostras foram avaliadas no Núcleo de Pesquisa em Zoonoses da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, através do teste de reação de imunofluorescência indireta (RIFI), considerados positivos aqueles com título ≥16, sendo as amostras reagentes diluídas até obtenção de seu título final. No total, 21/262 (8,02%) amostras foram sororreagentes para Toxoplasma gondii, em 9/21 ( 42,86%) casos estudados. O título 64 (42,86%) foi o mais frequente, seguido pelo titulo 16 (38,10%), 256 (9,52%), 1.024 (4,76%) e 4.096 (4,76%). Dos animais sororreagentes 14/21 (66,67%) são fêmeas e 7/21 (33,33%) machos. Em relação a idade dos animais positivos, 15/18 (83,33%) são adultos (entre 1 e 7 anos de idade) e 3/18 (16.67%) são idosos (mais que 7 anos de idade). Em destaque, um caso apresentou 7/13 (53,85%) dos animais com soropositividade para Toxoplasma gondii . Os resultados obtidos reforçam o papel do cão como sentinela em ações de controle da toxoplasmose, bem como alerta para a necessidade de incluir os casos de acumuladores de animais em programas de monitoramento desta e demais zoonoses de interesse em saúde única.



Palavras-chaves:  Acumuladores, Cães, Saúde Pública, Saúde Única, Toxoplasmose