SOROPREVALÊNCIA DE ANTICORPOS ANTI-TOXOPLASMA GONDII EM UMA POPULAÇÃO DE GATOS EM SITUAÇÃO DE ACÚMULO EM CURITIBA – PARANÁ.
SUZANA MARIA ROCHA 1, GRAZIELA RIBEIRO DA CUNHA1, ANA CAROLINA YAMAKAWA1, MAYSA PELLIZZARO1, DIRCIANE FLOETER1, HÉLIO LANGONI1, ALEXANDER WELKER BIONDO1
1. UFPR - Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Paraná - Campus Curitiba, 2. UNESP - BOTUCATU - Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” - Campus Botucatu, 3. SMMA - Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Prefeitura de Curitiba - Paraná, 4. UFBA - Departamento de Saúde Coletiva, Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal da Bahia.
suzana.rocvet@gmail.com

O transtorno de acumulação pode ser caracterizado pelo acúmulo de quantidade considerável de objetos e animais domésticos sem um propósito aparente e dificuldade em descartá-los.  Essa situação pode ocasionar diversas consequências na região em que se insere, sendo considerado um problema de saúde pública por gerar condições favoráveis à disseminação de zoonoses. Estudos referentes ao impacto dessa situação na sanidade dos animais envolvidos são escassos. O presente estudo teve por objetivo avaliar a soroprevalência de anticorpos anti- Toxoplasma gondii em uma população de gatos que vivem em situação de acúmulo na cidade de Curitiba/PR. Ao total foram analisadas amostras de soro de 12 gatos adultos, sendo 9/12 (75%) fêmeas e 3/12 (25%) machos. Para identificação de anticorpos anti- Toxoplasma gondii foi utilizada a técnica de reação de imunofluorêscencia indireta (RIFI), utilizando como ponto de corte a titulação 1:16, e as amostras reagentes foram diluídas até a obtenção do título final. Foram sororreagentes para Toxoplasma gondii 4/12 (33,33%) animais , 3/4 (75%) são fêmeas e 1/4 (25%) é macho, não havendo diferença estatisticamente significativa (p=0,99) entre os grupos. O titulo 1024 (3/4; 75%) foi o mais freqüente, seguido pelo título 256 (1/4; 25%). Os altos valores de titulação detectados nos animais sororreagentes podem indicar contato recente dos animais com o agente causador da toxoplasmose, porém não foi possível obter amostra pareada para confirmar este resultado. Apesar dos gatos não adoecerem devido a infecção por este protozoário, conhecer a frequência de sorologia positiva nesses animais é importante para estimar a contaminação ambiental do local onde vivem e o consequente favorecimento da transmissão de doenças. Em conclusão, os resultados observados indicam o contato dessa população de gatos com o protozoário T. gondii, alertando assim para o risco de infecção das pessoas que vivem em situações de acúmulo. Ressalta-se a importância da avaliação e monitoramento desta e de outras zoonoses de preocupação da saúde única nos casos de acumuladores, subsidiando o estabelecimento de estratégias de controle e prevenção específicas para esses casos.



Palavras-chaves:  Acumuladores, Gatos, Saúde Pública, Saúde Única, Toxoplasmose