PREVENÇÃO DO HIV E IST: ANÁLISE DAS CAMPANHAS PROMOVIDAS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE NO PERIODO DO CARNAVAL.
ISABELA LEMOS DA SILVA 1, JOSÉ RIVALDO DE LIMA1, GILSON NOGUEIRA FREITAS1, RAQUEL DA SILVA CAVALCANTE1, NÍVEA ALANE DOS SANTOS MOURA1, DAYANA CECÍLIA DE BRITO MARINHO1, DÉBORA MARIA DA SILVA XAVIER1, ELIZAMA PAULA GOMES DA ROCHA1, MEYKSON ALEXANDRE DA SILVA1, WILLAMS ALVES DA SILVA1, CAMILA GABRIELA DA SILVA GÓIS1, AMANDA REGINA DA SILVA GÓIS1
1. UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, 2. UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO, 3. UPE - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, 4. CESMAC - CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
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A AIDS/HIV e as demais IST possuem um caráter múltiplo e para a prevenção o Brasil vem desenvolvendo políticas voltadas à ações educativas, implantando serviços de assistência, promoção de práticas seguras, aquisição e distribuição de preservativos, teste de laboratório, desenvolvimento de estudos, capacitação de profissionais, distribuição gratuita de medicamentos e em especial neste estudo, campanhas publicitárias voltadas para as emergentes populações vulneráveis. Objetivou-se analisar as campanhas promovidas pelo MS (Ministério da Saúde), desde o carnaval de 1999 até o carnaval de 2017. Trata-se de um estudo documental de caráter descritivo-exploratório. Utilizou-se dos materiais das campanhas, como folders, cartazes, vídeos, gráficos de análise das vulnerabilidades, disponíveis nas plataformas online e sites do Ministério da Saúde. Na década de 1980 havia uma média de 6,5 casos de AIDS em homens para cada caso observado em mulheres, no período entre 1991 e 2001 a relação média modificou-se para 2,4; por isso, a campanha do carnaval de 1999 foi voltada para as mulheres . Em 2003 foram notificados 152 casos de AIDS em adolescentes do sexo feminino, alvo da campanha, contra 91 em adolescentes homens. As campanhas de 2004 e 2006 enfatizaram a seguridade e importância do preservativo, em 2008 volta-se para a juventude abordando sexualidade e preconceito. Em 2009 o público prioritário foi à população com mais de 50 anos em resposta à tendência de crescimento da epidemia nesta população. Devido as campanhas preventivas e de educação houve uma redução de em média 15% ao ano dos casos a partir de 1999 . As campanha promovidas pelo Ministério da Saúde, de 2015 à 2016, têm sido segmentadas para a população jovem, e de HSH com o objetivo de informar acerca da prevenção contra o vírus da aids, sobre a importância do uso da camisinha, somada a necessidade da realização do teste anti-HIV e tratamento, oriundas da estratégia de prevenção combinada, reforçando o conceito “camisinha, mais teste, mais medicamento”. Na sociedade brasileira, no período carnavalesco há um aumento das vulnerabilidades para o HIV e outras IST, e neste sentido há distribuição extra de preservativos e campanhas educativas em massa com foco nos resultados dos boletins epidemiológicos e dados sobre a infecção dos anos anteriores. Considera-se que as mudanças no comportamento sexual da população no período de carnaval fazem mudar os alvos das campanhas, o que tem sido efetivo para a prevenção.



Palavras-chaves:  Educação em Saúde, HIV, Promoção da Saúde, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida