PREVENÇÃO DO HIV E IST: ANÁLISE DAS CAMPANHAS PROMOVIDAS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE NO PERIODO DO CARNAVAL. |
A AIDS/HIV e as demais IST possuem um caráter múltiplo e para a prevenção o Brasil vem desenvolvendo políticas voltadas à ações educativas, implantando serviços de assistência, promoção de práticas seguras, aquisição e distribuição de preservativos, teste de laboratório, desenvolvimento de estudos, capacitação de profissionais, distribuição gratuita de medicamentos e em especial neste estudo, campanhas publicitárias voltadas para as emergentes populações vulneráveis. Objetivou-se analisar as campanhas promovidas pelo MS (Ministério da Saúde), desde o carnaval de 1999 até o carnaval de 2017. Trata-se de um estudo documental de caráter descritivo-exploratório. Utilizou-se dos materiais das campanhas, como folders, cartazes, vídeos, gráficos de análise das vulnerabilidades, disponíveis nas plataformas online e sites do Ministério da Saúde. Na década de 1980 havia uma média de 6,5 casos de AIDS em homens para cada caso observado em mulheres, no período entre 1991 e 2001 a relação média modificou-se para 2,4; por isso, a campanha do carnaval de 1999 foi voltada para as mulheres . Em 2003 foram notificados 152 casos de AIDS em adolescentes do sexo feminino, alvo da campanha, contra 91 em adolescentes homens. As campanhas de 2004 e 2006 enfatizaram a seguridade e importância do preservativo, em 2008 volta-se para a juventude abordando sexualidade e preconceito. Em 2009 o público prioritário foi à população com mais de 50 anos em resposta à tendência de crescimento da epidemia nesta população. Devido as campanhas preventivas e de educação houve uma redução de em média 15% ao ano dos casos a partir de 1999 . As campanha promovidas pelo Ministério da Saúde, de 2015 à 2016, têm sido segmentadas para a população jovem, e de HSH com o objetivo de informar acerca da prevenção contra o vírus da aids, sobre a importância do uso da camisinha, somada a necessidade da realização do teste anti-HIV e tratamento, oriundas da estratégia de prevenção combinada, reforçando o conceito “camisinha, mais teste, mais medicamento”. Na sociedade brasileira, no período carnavalesco há um aumento das vulnerabilidades para o HIV e outras IST, e neste sentido há distribuição extra de preservativos e campanhas educativas em massa com foco nos resultados dos boletins epidemiológicos e dados sobre a infecção dos anos anteriores. Considera-se que as mudanças no comportamento sexual da população no período de carnaval fazem mudar os alvos das campanhas, o que tem sido efetivo para a prevenção. |