O HIV/AIDS NO BRASIL: UMA EPIDEMIA DAS VULNERABILIDADES SOCIAIS
ISABELA LEMOS DA SILVA 1, JOSÉ RIVALDO1, RAQUEL DA SILVA1, NÍVEA ALANE 1, DAYANA CECÍLIA1, MARCIELLE DOS SANTOS1, DÉBORA MARIA1, ELIZAMA PAULA1, WILLAMS ALVES1, JOSÉ TELES1, MEYKSON ALEXANDRE MEYKSON ALEXANDRE 1, AMANDA REGINA1
1. UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, 2. UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
lemosisabela11@gmail.com

Introdução : Estudos sobre comportamento sexual e vulnerabilidades ao HIV/aids têm evidenciado o processo de disseminação da epidemia e como os seus impactos são expressos de maneira diferente entre as populações, o que identifica a necessidade de reconhecer tais especificidades que compõem esse processo tanto no planejamento, quanto na implementação de políticas e programas voltados para o atendimento dos grupos mais vulneráveis à exposição ao HIV.   Objetivo: descrever as vulnerabilidades socias do cenário epidemiológico do HIV/AIDS no Brasil. Desenho do estudo e método: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo, que utilizou dados secundários provenientes da base de dados SINAN. As variáveis do estudo foram todas do tipo social (sexo, raça etnia, escolaridade). Selecionou-se o período de 2007 a 2016. Os dados foram analisados utilizando-se da estatística descritiva. Resultados: no que se refere às faixas etárias, observou-se que a maioria dos casos de infecção pelo HIV encontra-se nas faixas de 20 a 34 anos, com percentual de 52,3% dos casos. Com relação à escolaridade, no mesmo período, observou-se um elevado percentual de casos ignorados (25,0%), o que dificulta uma melhor avaliação dos casos de infecção pelo HIV relativos a esse item. Com relação à raça/cor da pele autodeclarada, observa-se que, entre os casos registrados no SINAN no período de 2007 a 2015, 44,0% são brancos e 55,3% pretos e pardos. No sexo masculino, 46,1% são brancos e 52,8% pretos e pardos; entre as mulheres, 39,2% dos casos são brancas e 59,6% pretas e pardas. Discussão : Diante dos dados expostos, nota-se a importância de tal descrição para o desenvolvimento de ações de educação em saúde com base nas demandas epidemiológicas do país, enfatizando a vulnerabilidade social das classes expostas acima.   Conclusão : considera-se a partir dos dados a grande incidência do HIV em jovens, negros e pardos alertando-nos quanto à necessidade de ações e fortalecimento de políticas voltadas as vulnerabilidades sociais.



Palavras-chaves:  HIV , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, Vulnerabilidade Social