ACIDENTES ESCORPIÔNICOS E O DÉFICIT DE INFORMAÇÕES DOS SISTEMAS DE NOTIFICAÇÕES NACIONAIS
ISABELA LEMOS DA SILVA 1, JOSÉ RIVALDO1, GILSON NOGUEIRA 1, RAQUEL DA SILVA1, HEMELLY RAIALLY 1, DAYANA CECÍLIA1, MARCIELLE DOS SANTOS1, ELIZAMA PAULA1, NAYANE NAYARA1, NÍVEA ALANE 1, MEYKSON ALEXANDRE MEYKSON ALEXANDRE 1, ROBERTA JEANE 1
1. UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, 2. UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO, 3. UFC - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
lemosisabela11@gmail.com

No Brasil, em 1988 houve a implantação da obrigatoriedade da notificação dos acidentes escorpiônicos, através do Programa Nacional de Ofidismo iniciando uma nova etapa na contabilidade e registro dos acidentes por animais peçonhentos. Atualmente, o Nordeste destaca-se devido à grande quantidade de ataques de escorpião se comparado a outras regiões. Diversas espécies podem causar estes acidentes, porém no nosso país, os escorpiões de maior importância são Tityus serrulatus, T. baihensis e T. stigmurus, sendo o T. serrulatus responsável pela maioria dos casos mais agravantes . O objetivo deste trabalho é aludir sobre a lacuna no registro das espécies causadoras dos óbitos por acidentes escorpiônicos. Para isso analisou-se, a o registro anual de casos e óbitos em duas bases de dados, sendo elas: Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAM) e Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Ambas as bases de dados apresentaram os dados anuais acerca dos óbitos causados por escorpiões abrangendo o período de 2001-2016, podendo ser separados por ano, mês, sexo, idade, raça, local da notificação e o tempo entre a picada e o atendimento. Porém nenhuma das referidas bases especificavam a espécie causadora dos óbitos, mostrando uma lacuna que pode ser encontrada na epidemiologia desses acidentes. Assim, a ausência de tais informações desencadeia a falta de conhecimento sobre a real dimensão do problema. Tendo isso em vista, durante o preenchimento das fichas eletrônicas seria de grande importância a inclusão de um campo especifico para a espécie do animal causador ou descrição morfológica da espécie. Visto que, tal descrição encontra-se presente quando o agravo é causado por aranhas e serpentes.



Palavras-chaves:  Animais Venenosos, Sistemas de Informação, Vigilância Epidemiológica