PROGRESSÃO ANUAL DE ESCORPIONISMO NAS REGIÕES NORDESTE E SUDESTE DO BRASIL
ISABELA LEMOS DA SILVA 1, JOSÉ RIVALDO1, GILSON NOGUEIRA 1, RAQUEL DA SILVA1, HEMELLY RAIALLY 1, NÍVEA ALANE 1, MARCIELLE DOS SANTOS1, DÉBORA MARIA1, DAYANA CECÍLIA1, MEYKSON ALEXANDRE MEYKSON ALEXANDRE 1, WELTON DIONISIO1, ROBERTA JEANE 1
1. UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, 2. UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO, 3. UFC - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
lemosisabela11@gmail.com

Os acidentes causados por animais peçonhentos ainda constituem problema de Saúde Pública no Brasil. Neste, três espécies de escorpiões do gênero Tityus têm sido notificadas como causadores do maior percentual de acidentes humanos: T. serrulatus (escorpião amarelo), T. bahiensis (escorpião marrom), e T. stigmurus , sendo o T. serrulatus responsável pela maioria dos casos mais agravantes. O objetivo do presente trabalho é avaliar a incidência de casos de escorpionismo registrados e o aumento anual destes entre as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil nos anos de 2000 a 2017, visto que são as regiões com maior incidência destes acidentes. Para tal, foram utilizados dados epidemiológicos disponíveis no site do Sistema Nacional de Atendimento Médico. A análise dos dados incluiu o cálculo das taxas de incidência por 100.000 pessoas dos estados do nordeste brasileiro. Na região Nordeste, os estados de Alagoas, Bahia e Pernambuco tiveram o maior número de casos. Todas as regiões citadas anteriormente tiveram em média um aumento similar (87±14 %) do número de acidentes por ano. Contudo, 2017 se destacou como o ano com maior número de acidentes. Na região nordeste, o maior responsável pelos acidentes é o escorpião Tityus stigmurus, enquanto na Região Sudeste é o T. serrulatus . Fica evidente, que o número elevado de picadas que ocorrem ao longo dos anos têm importantes consequências para o desenho de estratégias de prevenção que visem a redução da incidência do escorpionismo no nordeste brasileiro. Estes números estão intrinsecamente interligados aos problemas básicos de infraestrutura, como a falta de saneamento básico e o desequilíbrio ambiental, decorrente das ações antrópicas, que leva tais animais a saírem do seu habitat natural. Diante disso, como estratégia a ser desenvolvida poderia-se incluir os acidentes escorpiônicos na lista de doenças ocupacionais, representando um avanço para a saúde pública. Além do desenvolvimento de ações de educação em saúde, como a promoção de palestras e exposições abordando esta temática.

 



Palavras-chaves:  Buthidae, Epidemiologia, Escorpionismo