IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR DO VÍRUS B E D EM PLASMA E TECIDO HEPÁTICO DE PORTADORES CRÔNICOS NO AMAZONAS
FELIPE GUEDES AMORIM 1, CINTIA MARA COSTA DE OLIVEIRA1, WORNEI SILVA MIRANDA BRAGA1, ALINNE LAIS BESSA MAIA1
1. UFAM - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS, 2. FMT-HVD - Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado
felipe_guedes17@hotmail.com

Estima-se que dos 24 0 milhões de portadores crônicos de infecção pelo HBV, 15 milhões estão também infectados pelo HDV no mundo. No Brasil, na região norte o estado do Amazonas é considerado área endêmica de infeccão por esses vírus. O HBV está classificado em dez genótipos (A-J) e o HDV em oito genótipos (1-8). Sendo assim, nosso objetivo foi: Caracterizar os genótipos do vírus da hepatite B e D no plasma e tecido hepático e investigar associação entre genótipos e evolução da doença. Foram analisadas amostras de plasma e de tecido hepático de pacientes coinfectados HBsAg e anti-HDV total reagentes. Foi realizada a quantificação da carga viral do HDV no plasma por qRT-PCR, amplificação do RNA-HDV e DNA-HBV por PCR e sequenciamento direto de ambos os vírus. A Edição das sequências, análise filogenética e pesquisa de mutações de resistência na rt do HBV foi realizada usando os softwares BioEdit, Mega 7 e Genafor . Como resultados, foi incluído um total de 30 pacientes, a maioria do sexo masculino. A idade variou 18 a 56 anos; todos procedentes do Estado do Amazonas. 9 amostras tinham simultaneamente amostras de plasma e tecido hepático. O RNA-HDV foi detectado em 13/30 (46,67%) e o DNA-HBV em 11/30 (36,67%). Das 09 amostras de plasma e tecido hepático o RNA-HDV foi detectado em 02/9 (22,27%) e o DNA-HBV em 08/9 (88,89%). Nas amostras de plasma obteve-se carga viral do HDV em 13/30 (46,67%) e 2/9 (22,27%) nas de tecido hepático. Todas as sequencias de HDV foram HDV-3, as do HBV, foram identificados os genótipos A 15/19 (78%), D 2/19 (11%) e F 2/19 (11%). A pesquisa de mutações de resistência nas amostras na rt-HBV de plasma identificou 8/11 (73%) como tipo selvagem e 3/11 (27%) como mutantes associadas à resistência aos antivirais Lamivudina, Telbivune, Adefovir e Entecavir . Nas sequências isoladas de tecido hepático, 03/08 (38%) foram tipo selvagem e 05/08 (62%) mutantes. Conclusão: para o HBV obteve-se três genótipos A, D e F, independente do material de origem e 100% VHD-3; à carga viral do HDV, foi maior no tecido hepático; foi detectado um percentual elevado de mutações na rt do HBV. O perfil dos genotípicos do HBV e HDV refletiu o mesmo padrão encontrado na região por outros autores.



Palavras-chaves:  AMAZONAS, GENÓTIPO, HBV, HDV