ANALISE DOS FATORES QUE INFLUENCIAM A ESQUISTOSSOMOSE EM QUILOMBOS NO ESTADO DE ALAGOAS NO ANO DE 2017
RAÍSSA MARQUES REIS AVELINO 1, MARIA GABRIELA CORREIA DA SILVA1, MARINA GOMES DO ESPIRITO SANTO1, ANNA KAROLINNA RIBEIRO SOUZA1, JACQUELINE PACÍFICA OLIVEIRA DE SÁ1, DOUGLAS NORTON SANTOS ARAGÃO1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes
RAISSAMAVELINO@GMAIL.COM

A esquistossomose é uma doença causada pelo parasita Schistosoma mansoni, um trematódeo, cuja forma adulta habita os vasos mesentéricos do hospedeiro definitivo e a forma intermediária se desenvolve em caramujos gastrópodes aquáticos do gênero Biomphalaria. No Brasil, ela é popularmente conhecida como “xistose”, “barriga d’água” ou “doença dos caramujos”. Apesar de poder ser encontrada em todo o território brasileiro, são as regiões Nordeste e Sudeste as mais afetadas e as prevalências mais elevadas são encontradas no estado de Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Minas Gerais, Bahia, Paraíba e Espírito Santo. A relevância de sua hegemonia, em conjunto à severidade das formas clínicas e a sua evolução, dão a esquistossomose uma grande destaque como problema de saúde pública. O trabalho objetivou o estudo dos números de casos, do ano de 2017, de esquistossomose em 27 comunidades quilombolas do Estado de Alagoas, analisando as causas que agem sobre a doença na região. O presente estudo foi feito através de um levantamento no banco de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), na Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas – SESAU e nas centrais de Vigilância epidemiológica dos casos de esquistossomose que ocorreram nessas regiões. Entre os anos de 2013 e 2016, 266 pessoas morreram por causa da doença em Alagoas. Em 2017 foram realizados 6.745 exames em 27 quilombos, destes, 261 receberam diagnóstico positivo para Schistossoma mansoni , parasita causador da doença. Entretanto, apenas 207 casos foram tratados, correspondendo a 79,1%.  Dessa forma, analisou-se que 95% desses quilombos encontram-se em zona rural, consequentemente, eles possuem grandes dificuldades de acesso aos serviços de saúde. Ainda, essa área endêmica possui focos de agravo localizados nas bacias dos Rios Mundaú e Paraíba. Nessa lógica, como a maioria não possui água encanada em casa, essa população procura outras fontes, principalmente nesses rios, o que contribui para contrair a doença. Logo, é necessário efetivar a ação direta dos municípios sob o Programa de Controle da Esquistossomose, de forma a investir rigorosamente na prevenção da parasitose, além de melhorar o estilo de vida e de saúde da população alvo desse estudo, antes que a doença leve a graves consequências, principalmente nas formas crônicas.

Palavras-chave: Esquistossomose, Quilombo, Schistossoma mansoni



Palavras-chaves:  Esquistossomose, Quilombo, Schistossoma mansoni