PERFIL DAS SOLICITAÇÕES/DENÚNCIAS DE ROEDORES EM CAMARAGIBE, PERNAMBUCO, NO PERÍODO DE 2013 A 2017
TARSILA KARLA SANTANA DE MIRANDA 1, DANIEL FRIGUGLIETTI BRANDESPIM1, FILIPE SOBRAL FONSÊCA1, PRISCILA ROCHA DUQUE1, LINDOALDO ALMEIDA NASCIMENTO1
1. UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2. UPE - Universidade de Pernambuco
tarsimiranda@hotmail.com

Os roedores, animais que geram agravos sanitários e econômicos de grande importância para o homem, podem ser encontrados em áreas urbanas e rurais, sendo considerados sinantrópicos. Dentre as espécies mais comuns estão a ratazana ( Rattus norvegicus ), o rato de telhado ( Rattus rattus ) e o camundongo ( Mus musculus ). Participam da cadeia epidemiológica de ao menos trinta doenças transmitidas ao homem, como leptospirose, peste e hantaviroses, sendo animais de relevância na saúde pública. O objetivo dessa pesquisa foi analisar a quantidade e aspectos das solicitações/denúncias relacionadas a roedores, geralmente requeridas para análise da situação do ambiente e realização de desratização, recebidas pelo setor de vigilância ambiental do município de Camaragibe, Pernambuco. Foi realizado um estudo epidemiológico do tipo descritivo das solicitações/denúncias relativas a roedores presentes no banco de dados online da vigilância ambiental de Camaragibe, durante os anos de 2013 a 2017. Observou-se o total de 1172 solicitações/denúncias, em que 864 (74,0%) foram atendidas, 93 (7,9%) não foram atendidas, cinco (0,5%) foram canceladas, duas (0,2%) não procediam e 200 (17,4%) não foram concluídas, pois em: 78 (6,7%) delas, o endereço não foi localizado, em 70 (6%) o imóvel estava fechado, em 52 (4,5%) o proprietário recusou a visita e em duas (0,2%) o imóvel estava desocupado. A média de tempo de atendimento, entre a solicitação da demanda e a visita, foi de 35 dias. Notou-se também que, em média, os dois períodos de maior número de solicitações foram de janeiro a março (71,6) e de abril a junho (62)   , o que coincide com o período de alto índice de chuvas na cidade, momento em que os roedores procuram abrigo dentro dos domicílios. Verificou-se ainda uma quantidade expressiva de casos inconclusivos, o que reforça a necessidade de trabalhar a atenção da equipe no repasse das informações e também o compromisso por parte da população em colaborar com a equipe da vigilância para que a mesma conclua seu ofício. Deve-se reduzir o tempo de atendimento, melhorando a qualidade do serviço e aumentando a resolutividade. É fundamental a promoção de ações de educação em saúde voltadas para os profissionais e para a população, de forma que os cidadãos trabalhem, de forma conjunta, a prevenção de zoonoses e o controle de roedores transmissores das doenças.



Palavras-chaves:  chuvas, educação em saúde, roedores