ASPECTOS CLÍNICOS E TERAPÊUTICOS DE ACIDENTE COM LOXOSCELES (ARANEAE, SICARIIDAE) NA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO-RJ
RAFAEL ALMEIDA DE ARAUJO 1, THAMIRES LELIS1, MARCELO DE ARAUJO SOARES1
1. UCB - Centro de Pesquisa em Biologia – CEPBio Universidade Castelo Branco - Escola de Saúde e de Meio Ambiente., 2. UEZO - Programa de Pós Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental. Centro Universitário Estadual da Zona Oeste
rafa.sandoval@hotmail.com

     As aranhas pertencem ao filo Arthropoda que tem como característica exclusiva um esqueleto externo composto principalmente de quitina. É característica exclusiva das aranhas a presença de glândula de veneno associado às quelíceras. Essa característica está presente em quase todas as espécies. No Brasil, apenas três gêneros de aranhas são considerados causadores de acidentes graves, sendo eles: Latrodectus (viúva-negra), Loxosceles (marrom) e Phoneutria (armadeira). O gênero Loxosceles é um gênero cosmopolita e das 30 espécies descritas na América do Sul, oito são registradas no Brasil. As aranhas deste grupo são pertencentes à fauna sinantrópica urbana, possuem pequeno porte e hábitos noturnos, não são consideradas agressivas e os acidentes geralmente ocorrem quando comprimidas. Este estudo teve por objetivo relatar os aspectos clínicos e terapêuticos de acidente com Loxosceles sp . na zona oeste do Rio de Janeiro. O presente estudo foi desenvolvido no projeto de extensão “O Bicho vai Pegar!”, da Universidade Castelo Branco (UCB), que atua na prevenção de acidentes com animais venenosos e peçonhentos. Ocorrido no bairro de Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro – RJ, o acidente teve por vítima uma mulher aos seus cinquenta e sete anos de idade. No primeiro dia, logo após o acidente, o primeiro sintoma percebido foi um leve prurido ao redor de dois pequenos furos decorrentes da picada, ao passar quatro dias, a vítima buscou atendimento médico, após perceber o desenvolvimento de uma bolha com conteúdo sero-sanguinolento acompanhado de eritema local. É comum neste tipo de acidente, manifestações de sintomas inespecíficos como: mal estar, febre, mialgia, náusea e vômitos. Oito dias após o acidente, observou-se a formação de uma crosta necrótica ao redor do local da picada. Como conduta de atendimento à vítima, os procedimentos adotados foram a debridação e o combate à infecção por meio de antibióticos combinados. O tempo de cicatrização da área da lesão necrótica foi de aproximadamente noventa dias.



Palavras-chaves:  Loxoscelismo, Relato, Rio de Janeiro