ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO PEPTÍDEO SINTÉTICO DERMASEPTINA H5 DE PHYLLOMEDUSA AZUREA CONTRA KLEBISELLA PNEUMONIAE ATCC |
A resistência bacteriana a antibióticos é um problema grave que tem se expandido nas últimas décadas. Infecções por cepas multirresistentes a antimicrobianos tem se tornado rotineira em clínicas e hospitais, principalmente em decorrência do uso desmedido de antibióticos. Entre os patógenos comumente relacionados a relatos de infecções resistentes está a Klebsiella pneumoniae , bacilo gram negativo, oportunista, causador de inúmeras complicações, como pneumonias e infecções do trato urinário. Como alternativa para a problemática, pesquisas com peptídeos antimicrobianos provenientes de anuros tem demonstrado bons resultados frente a cepas resistentes. Assim, o presente estudo tem como objetivo analisar a atividade antimicrobiana, in vitro, do peptídeo Dermaseptina H5, de Phyllomedusa azurea , contra cepas de Klebsiella pneumoniae ATCC 13883. A metodologia empregada para análise antimicrobiana foi a concentração inibitória mínima (MIC), em que foram utilizadas placas de 96 poços contendo diluição seriada do peptídeo de 400 a 1,5 µg/mL com volume de 100 µl. Em seguida, foram adicionados 100 µl de suspensão bacteriana (1,5x10 8 UFC/ml). Como controle de morte celular, foi utilizado o Imipenem 250 µg/ml e como controle de crescimento, somente BHI e suspensão bacteriana e incubada por 24 horas. Em seguida, as placas foram lidas em espectrofotômetro em absorbância de 450 nm. Os testes foram realizados em triplicadas e a análise dos resultados, foi feita com o auxílio do programa estatístico Graphic Prisma ® 7.0. Após análise, pode-se verificar que entre as concentrações do peptídeo testadas, a menor a apresentar efetividade na inibição do crescimento celular foi 12,5 μg mL, quando comparada com o controle de crescimento. Realizando comparação com o controle utilizado no experimento, Imipenem 250 µg/ml, o peptídeo demostra notória efetividade da inibição do crescimento bacteriano. Com base nos resultados obtidos neste experimento, e relatos da literatura, fica comprovado que moléculas derivadas de anuros são potenciais antibióticos. Assim sendo, necessita-se de testes para avaliar a toxicidade da molécula, além de mecanismos que possam potencializar o seu efeito biológico. |