ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO PEPTÍDEO SINTÉTICO DERMASEPTINA H5 DE PHYLLOMEDUSA AZUREA CONTRA KLEBISELLA PNEUMONIAE ATCC
ANTONIO JUNIO FEITOSA DA SILVA 1, FLÁVIO AUGUSTO DE SOUZA OLIVEIRA1, ALINE THAIS FERREIRA SANTANA1, LEONARDO DE AZEVEDO CALDERON1, CHRISTIAN COLLINS KUEHN1
1. UNIR - Fundação Universidade Federal de Rondônia , 2. FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz Rondônia
antoniojuniorfds@gmail.com

A resistência bacteriana a antibióticos é um problema grave que tem se expandido nas últimas décadas. Infecções por cepas multirresistentes a antimicrobianos tem se tornado rotineira em clínicas e hospitais, principalmente em decorrência do uso desmedido de antibióticos. Entre os patógenos comumente relacionados a relatos de infecções resistentes está a Klebsiella pneumoniae , bacilo gram negativo, oportunista, causador de inúmeras complicações, como pneumonias e infecções do trato urinário. Como alternativa para a problemática, pesquisas com peptídeos antimicrobianos provenientes de anuros tem demonstrado bons resultados frente a cepas resistentes. Assim, o presente estudo tem como objetivo analisar a atividade antimicrobiana, in vitro, do peptídeo Dermaseptina H5, de Phyllomedusa azurea , contra cepas de Klebsiella pneumoniae ATCC 13883. A metodologia empregada para análise antimicrobiana foi a concentração inibitória mínima (MIC), em que foram utilizadas placas de 96 poços contendo diluição seriada do peptídeo de 400 a 1,5 µg/mL com volume de 100 µl. Em seguida, foram adicionados 100 µl de suspensão bacteriana (1,5x10 8 UFC/ml). Como controle de morte celular, foi utilizado o Imipenem 250 µg/ml e como controle de crescimento, somente BHI e suspensão bacteriana e incubada por 24 horas. Em seguida, as placas foram lidas em espectrofotômetro em absorbância de 450 nm. Os testes foram realizados em triplicadas e a análise dos resultados, foi feita com o auxílio do programa estatístico Graphic Prisma ® 7.0. Após análise, pode-se verificar que entre as concentrações do peptídeo testadas, a menor a apresentar efetividade na inibição do crescimento celular foi 12,5 μg mL, quando comparada com o controle de crescimento. Realizando comparação com o controle utilizado no experimento, Imipenem 250 µg/ml, o peptídeo demostra notória efetividade da inibição do crescimento bacteriano. Com base nos resultados obtidos neste experimento, e relatos da literatura, fica comprovado que moléculas derivadas de anuros são potenciais antibióticos. Assim sendo, necessita-se de testes para avaliar a toxicidade da molécula, além de mecanismos que possam potencializar o seu efeito biológico.

 



Palavras-chaves:  Klebsiella pneumoniae, Peptídeo antimicrobiano, Phyllomedusa azurea