AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO PEPTÍDEO SINTÉTICO DERMASEPTINA H5 DE PHYLLOMEDUSA AZUREA FRENTE A BACTÉRIAS ATCC E MULTIRRESISTENTES |
A procura de novos compostos com ação antimicrobiana tem se intensificado nos últimos anos, principalmente em decorrência da resistência bacteriana aos fármacos existentes. A maioria dos antibióticos utilizados na clínica médica, apresentam déficit, e já foram superados por pelo menos uma cepa bacteriana, inclusive fármacos tidos como referência no tratamento de determinadas infecções. Contextualizando com a necessidade de descoberta de novos compostos contra bactérias resistentes, os peptídeos antimicrobianos provenientes de Anuros, apresentam-se como moléculas promissoras no combate diversas cepas bacterianas, fato que pode ser observado em várias publicações cientificas. Assim, o presente estudo tem como objetivo analisar a atividade antimicrobiana, in vitro, do peptídeo Dermaseptina H5, de Phyllomedusa azurea , contra cepas de Staphylococcus aureus ATCC 25923 e Staphylococcus aureus (MRSA). A metodologia empregada para análise antimicrobiana foi a concentração inibitória mínima (MIC), em que foram utilizadas placas de 96 poços contendo diluição seriada do peptídeo de 800 a 1,2 µg/mL com volume de 100 µl. Em seguida, foram adicionados 100 µl de suspensão bacteriana (1,5x10 8 UFC/ml). Como controle positivo foi utilizado o Imipenem 500 µg/ml e como controle de crescimento, somente BHI e suspensão bacteriana e incubada por 24 horas. Em seguida, as placas foram lidas em espectrofotometria em absorbância de 500 nm. Após análise dos resultados, utilizando Graphic Prisma ® 7.0 como ferramenta estatística, foi verificado que a concentração inibitória mínima (MIC), a demostrar efetividade na inibição do crescimento bacteriano foi de 12,5 μg mL para Staphylococcus aureus ATCC e 6,25 μg/ ML para Staphylococcus aureus MRSA quando comparados ao controle de crescimento. Após análise, pode-se constatar a efetividade do peptídeo Dermaseptina H5 em combater o crescimento bacteriano in vitro em ambas as cepas, tendo sua ação comparada ao controle positivo para morte celular utilizado neste trabalho. Estes resultados aliados a futuros testes pode auxiliar a estabelecer parâmetros para melhor aproveitamento desta molécula extraída de Phyllomedusa azurea e de peptídeos provenientes de outras espécies de Anuros, que apresentem potencial biotecnológico. |