POTENCIAL ANTIBIOFILME DO PEPTÍDEO SINTÉTICO DERMASEPTINA H5 DE PHYLLOMEDUSA AZUREA FRENTE A BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES A ANTIBIÓTICOS
ANTONIO JUNIO FEITOSA DA SILVA 1, ANDRÉ FELIPA SOUZA SANTOS1, BRUNO GILDO DALLA VECCHIA MORALES1, ALINE THAIS FERREIRA SANTANA1, FLÁVIO AUGUSTO DE SOUZA OLIVEIRA1, VALDECI NUNES DE OLIVEIRA1, BRUNA DE OLIVEIRA COSTA1, SUZANA MEIRA RIBEIRO1, OCTÁVIO LUIZ FRANCO1, LEONARDO DE AZEVEDO CALDERON1, CHRISTIAN COLLINS KUEHN1
1. UNIR - Fundação Universidade Federal de Rondônia , 2. FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz Rondônia , 3. UCDB - Universidade Católica Dom Bosco , 4. UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados
antoniojuniorfds@gmail.com

A mudança fenotípica de células planctónicas de vida livre para células sésseis está amplamente relacionada como problemas de saúde pública. Uma parcela significativa de todas as infecções bacterianas no mundo está relacionada com biofilmes que podem proporcionar perfis de resistência aos antimicrobianos e cronicidade de infecções. Neste contexto, torna-se necessário mais estudos na descoberta de novos compostos que possuem efetividade contra esse estilo de vida bacteriano. O presente estudo tem por objetivo, avaliar a capacidade do peptídeo Dermaseptina H 5 de Phyllomedusa azurea em inibir a formação de biofilme in vitro , das cepas , Klebsiella pneumoniae KPC e Pseudomonas aeruginosas ATCC 27853 . A técnica de concentração inibitória mínima de biofilme, culturas bacterianas crescidas durante 18 h em meio Muller Hinton foram diluídas (1:100v/v) em meio BM2. Na placa 96 poços realizaram-se diluições seriadas do peptídeo de 64 a 1 µg/mL. Em seguida, acrescentou-se 100µL de cultura bacteriana e incubou-se por 24 h. Após esse período, foi verificado a absorbância em espectrofotômetro das células planctónicas a 600 nm. Após, os poços foram corados com cristal violeta a 0,01% por 20 min, posteriormente o cristal violeta foi removido e os poços da microplaca lavados duas vezes com água deionizada, o cristal violeta aderido às células foi solubilizado com 110 μL de etanol a 60%, e a formação de biofilmes foi obtida através da absorbância a 595 nm. O peptídeo foi avaliado pela eficiência em inibir o crescimento de células planctônicas e biofilme. O peptídeo não foi capaz de inibir o crescimento de células planctónicas em ambas as cepas bacterianas em nenhuma das concentrações testadas. Para a concentração inibitória Mínima de biofilme de Klebsiella pneumoniae , observou-se diferença significativa de inibição das concentrações de 2 a 64 μg/mL quando comparadas ao controle de crescimento, sendo 2 μg /mL a última concentração a inibir a formação de biofilme. Para P. aeruginosas , observou-se diferença significativa comparada ao controle de crescimento as concentrações (8 e 64 μg/mL) sendo 8 μg/mL a menor a inibir a formação de biofilme. Com base nos resultados, o peptídeo Dermaseptina H5, se mostra promissor no combate a formação de biofilme. Estudos que possibilitem modificações estruturais na molécula, além de associação com fármacos já existentes, podem potencializar o efeito positivo desse peptídeo.



Palavras-chaves:  Biofilme, DermaseptinaH5, Phyllomedusa azurea