EVOLUÇÃO DECENAL DE SÍFILIS EM GESTANTES NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL
NILSE QUERINO2,1, LUCAS CARVALHO MEIRA2,1, MARIANA DOS SANTOS NASCIMENTO 2,1, EMMANUELLE GOUVEIA OLIVEIRA2,1, BETHÂNIA RÊGO DOMINGOS2,1, LARISSA SILVA MARTINS BRANDÃO2,1
1. UNIME - União Metropolitana de Educação e Cultura, 2. UFBA - Universidade Federal da Bahia
emmanuelle-oliveira@hotmail.com

Sífilis é uma doença sistêmica, com grandes repercussões materno-fetais, que demanda notificação compulsória. Neste trabalho, apresentamos a prevalência dela em gestantes nos últimos dez anos, no estado da Bahia e sua associação com outras variáveis. O estudo avaliou a prevalência decenal de Sífilis na Bahia, descreveu a gravidez na adolescência e o índice de parceiros em tratamento ou já tratados. Tratou-se de um estudo ecológico de série temporal, referente ao período de 2007 a 2017. Os dados coletados foram provenientes do DATASUS, tendo como base o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). As variáveis utilizadas foram raça, faixa etária, escolaridade e tratamento dos parceiros. Foram notificados 14.286 casos, com maior prevalência na raça parda 8.498 (59,5), e na faixa etária de 20-34 anos 9.209 gestantes. Na avaliação de escolaridade feita com 14.242 gestantes, a maioria 4.796 (33,7) encontrava-se no ensino fundamental. Foi perguntado se 14.171 parceiros realizaram tratamento, e houve 5.314 (37,4) respostas negativas. As porcentagens de gestações nas adolescentes entre 10-19 anos variaram (9,0). O número de parceiros tratados variou (28,0), enquanto o de não tratados variou (42,7) - A maioria de forma crescente. Notou-se um aumento de prevalência, que em 2015 foi de 2 casos, 163 casos em 2016 e 2.583 casos em 2017. Houve maior prevalência em mulheres pardas, de menor escolaridade, sem aumento significativo no número de adolescentes grávidas. Outro aspecto é o elevado número de parceiros não tratados, que aumenta progressivamente, constituindo um entrave no controle da doença. Houve acréscimo importante da prevalência, notadamente no período de 2015 a 2017, revelando-se a necessidade de melhoria na implementação de políticas públicas de controle, com foco na prevenção, aliada à educação para a saúde, a fim de evitar a permanência dessa ascensão do número de casos.                                                                                                                                         



Palavras-chaves:  Grávidas, Infecções por Treponema, Sífilis