CENÁRIO DIAGNÓSTICO DA HANSENÍASE NA BAHIA, NO PERÍODO DE 2014 A 2016
MARIANA DOS SANTOS NASCIMENTO 1, NILSE QUERINO1, KEYLLA BÁRBARA SILVA DIAS ALVES1, LARA COSTA MALBOIUISSON DE MELLO1, BETHÂNIA RÊGO DOMINGOS1, LARISSA SILVA MARTINS BRANDÃO1, EMMANUELLE GOUVEIA OLIVEIRA1, ALICE OLIVEIRA DA SILVA1, CAROLINE QUEIROZ DA SILVA LIMA1
1. UNIME - União Metropolitana de Educação e Cultura
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Hanseníase é uma doença crônica, de etiologia bacteriana, com quatro diferentes fases de apresentação. A identificação precoce dos sinais e sintomas é fundamental para evitar acometimentos cutâneos e nervosos, que são as principais manifestações dessa infecção. O estudo avaliou o cenário diagnóstico da Hanseníase no estado da Bahia, relacionando com aspectos clínicos e epidemiológicos. Tratou-se de um estudo ecológico de série temporal, referente ao período de 2014 a 2016. Os dados coletados foram provenientes do DATASUS, tendo como base o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). As variáveis utilizadas foram sexo, número de lesões cutâneas e nervosas e forma clínica. Houve decréscimo dos casos em 2015 2.996, se comparado a 2014 3.107, seguido por um aumento em 2016 3.470. Em todo período, os casos prevaleceram no sexo masculino 5.000 (52,2). Em sua maioria, os indivíduos tinham duas até cinco lesões cutâneas 4.768 (66,5) e uma até cinco lesões em nervos 2293 (91,79). A maioria dos diagnósticos foram feitos na forma dimorfa 3384 (38,78). Em 2014, o diagnóstico em forma tuberculóide 537 foi superior ao da  Virchowiana 432, diferentemente dos dois anos seguintes. A análise dos dados permitiu identificar que os casos de Hanseníase ascenderam no último ano avaliado, e invariavelmente, o sexo masculino foi o mais afetado. Além disso, os pacientes diagnosticados apresentaram um número considerável de lesões cutâneas e nervosas, já numa forma clínica avançada da doença. Por isso, infere-se ser necessário mais profissionais capacitados para a identificar precocemente sinais e sintomas, informar melhor a população acerca da doença, e investir em práticas que permitam a detecção mais inicial, reduzindo as consequências para os afetados.                                                                                                        

 



Palavras-chaves:  Hanseníase Dimorfa, Hanseníase Virchowiana, Mycobacterium leprae