CUSTO BIOLÓGICO ASSOCIADO À EXPOSIÇÃO DOS OVOS DE Aedes aegypti À RADIAÇÃO GAMA
CARLOS MESSIAS DE MENDONÇA 1, JAZIELA DE ARRUDA MENDONÇA1, EDVANE BORGES DA SILVA1, MARIA ALICE VARJAL DE MELO SANTOS1
1. UFPE-CAV-DEN - Universidade Federal de Pernambuco/Centro Acadêmico de Vitória de Santo Antão/Núcleo de Ciências Biológicas; Departamento de Energia Nuclear, 2. UFPE-CAV - Universidade Federal de Pernambuco - Centro Acadêmico de Vitória , 3. IAM - Instituto Aggeu Magalhães
mendoncacm27@gmail.com

Aedes aegypti é um mosquito de grande importância para a saúde pública por ser vetor de arboviroses como dengue, zika e chikungunya. Seu controle tem se mostrado um grande desafio no Brasil, de forma que novas estratégias para a supressão populacional do mosquito estão sendo avaliadas e integradas as já adotadas pelo PNCD. Uma delas é a liberação em massa de machos esterilizados (ME) por radiação gama. Na tentativa de simplificar o processo para a obtenção do ME, foi investigada a possibilidade de esterilização dos mosquitos ainda na fase de ovo. Assim, ovos de Ae. aegypti da população de Fernando de Noronha com um, dois, três e seis dias de idade foram expostos a 10, 15, 20 e 40 Gy de radiação gama. Após a irradiação, os ovos foram postos em contato com a água para a eclosão das larvas. As mesmas foram contadas e postas para crescer em condições controladas de insetário. Os machos que atingiram a fase adulta foram postos para o acasalamento para o acompanhamento da viabilidade da sua prole. Para os ovos com dois e três dias de idade, irradiados com 40 Gy, a eclosão foi de 2% e 70%, respectivamente, embora todas as larvas tenham morrido antes da pupação. O mesmo comportamento foi registrado para 15 e 20 Gy, diferente do observado, para 10 a 14 Gy, cuja eclosão das larvas variou de 64,4% a 81%, para cada grupo de @ 200 ovos expostos. Resultados preliminares revelaram que a copula entre machos expostos (10 Gy) com fêmeas do grupo controle resultou na produção de apenas 41,7% de ovos viáveis, enquanto que para os casais do grupo controle a viabilidade foi 79,4%. Estes resultados indicam que a exposição dos ovos a doses ≥15 Gy levou a morte dos indivíduos na fase de pupa e que de 10 a 14 Gy não promoveram a esterilização completa dos machos sobreviventes. Portanto, estes resultados sugerem que não seja viável, sob o ponto de vista de produção em larga escala, esterilizar os indivíduos na fase de ovo.



Palavras-chaves:  macho estéril, produção, desenvolvimento