PERFIL DA LEISHMANIOSE VISCERAL E TEGUMENTAR AMERICANA EM ALAGOAS DE 2007 A 2015
ANA BEATRIZ DE ALMEIDA LIMA1, CLODIS MARIA TAVARES 1, DAVI PORFIRIO DA SILVA1, NATALY MAYARA CAVALCANTE GOMES1, ANDREA CORDEIRO DA SILVA1, RAPHAELLA DA SILVA MOREIRA1, AMANDA MARIA SILVA DA CUNHA1, IGOR MICHEL RAMOS DOS SANTOS1, CARLOS DORNELS FREIRE DE SOUZA1
1. UFAL - Universidade Federal de Alagoas
clodistavares@yahoo.com.br

As leishmanioses são antropozoonoses consideradas grande problema de saúde pública e representam um complexo de doenças com importante espectro clínico e diversidade epidemiológica. Tem-se por objetivo descrever o perfil epidemiológico dos casos de leishmaniose visceral e tegumetar americana no estado de Alagoas notificados entre os anos de 2007 a 2015.Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo realizado no estado de Alagoas com recorte temporal de 2007 a 2015. Foram utilizados os dados disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), através das Informações de Saúde (TABNET). No período de 2007 a 2015 foram notificados 317 casos, onde 208 foram do sexo masculino e 109 do sexo feminino, contabilizando assim 66% dos casos na população masculina e 34% na população feminina. A média anual de leishmaniose visceral, no período, foi de 35,2 casos confirmados e a incidência de 1,0 casos/100.000 hab. Foi possível observar um aumento do número de casos ao longo dos anos, em 2007 foram registradas 32 ocorrências da doença e em 2015 esse número passou para 52. A variável faixa etária mostra que o maior número de casos ocorreu entre 1 a 4 anos contabilizando 95 casos (aproximadamente 30%) e entre 20 a 39 anos contabilizando 67 casos (aproximadamente 21%). No período de 2007 a 2015 foram notificados 701 casos de leishmaniose tegumentar americana (LTA), onde 478 são do sexo masculino e 223 do sexo feminino, contabilizando assim 68,1% dos casos na população masculina e 31,8% na população feminina. As faixas etárias prevalentes são de 20 a 39 anos e de 40 a 59 anos. O percentual que apresenta a LTA na forma cutânea equivale a 95% dos casos diagnosticados. E os que apresentaram a forma mucosa de LTA foram 5% dos casos diagnosticados. Alagoas ainda se encontra com baixa incidência de óbitos, visto que tem uma população relativamente menor. Porém, isso não significa que as políticas sejam eficazes no estado, pois o número de novos casos aumenta a cada ano. Sob esta perspectiva, este estudo possibilitou identificar o perfil dos casos notificados de leishmaniose visceral e tegumentar americana no estado de Alagoas, é notória a escassez de informações e pesquisas que envolvam a caracterização do perfil das leishmanioses nos estados do nordeste brasileiro, com vista a diminuir as subnotificações e assim fomentar pesquisas imprescindíveis para o planejamento e efetivação das ações de controle de tal enfermidade.



Palavras-chaves:  Leishmaniose visceral, Leishmaniose tegumentar , Epidemiologia , Notificação, Controle