ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA MORTALIDADE POR INFLUENZA (GRIPE) E PNEUMONIA NO PIAUÍ, 1996 – 2016.
MARILENE DE SOUSA OLIVEIRA 1, DANIEL JOSIVAN DE SOUSA1, ANDREA NUNES MENDES DE BRITO1, CYNTIA REGINA LÚCIO DE SOUSA IBIAPINA1, MALVINA THAÍS PACHECO RODRIGUES1
1. PPGSC UFPI - PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE E COMUNIDADE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
marilene9oliveira@gmail.com

A elevada morbidade e mortalidade por infecções respiratórias agudas, principalmente entre pessoas com 60 anos e mais de idade, constitui-se um importante problema de saúde pública. Dentre os diversos agentes etiológicos responsáveis por essas infecções, destaca-se o vírus influenza que tem distribuição global, abrangente transmissibilidade e evolução geralmente benigna em pessoas adultas sem comorbidades. No entanto, entre idosos e portadores de doenças crônicas pode acarretar complicações graves. Estima-se que mundialmente as epidemias anuais de influenza resultem de 3 a 5 milhões de casos graves e cerca de 290.000 a 650.000 mil mortes. No Brasil, a vacina contra influenza foi implantada a partir de 1999 para os grupos de maior risco e tem contribuído para a prevenção das complicações, redução das internações e óbitos por influenza. Estudos demonstram que, embora tenha reduzido, a pneumonia ainda causa mortes nas faixas etárias em menores de 4 anos e idosos.  O objetivo deste estudo foi descrever os aspectos epidemiológicos da influenza (gripe) e pneumonia de residentes no Piauí no período de 1996 a 2016. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, retrospectivo realizado com dados secundários disponibilizados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – versão Net (SINAN NET) no DATASUS. Foram incluídos os casos notificados de óbitos por influenza (gripe) e pneumonia segundo a CID10 (categorias: J09 – J16, J18) no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) no estado do Piauí no período de 1996 a 2016. Um banco de dados foi construído e analisado em um software. Foram notificados 10.266 óbitos por influenza (gripe) e pneumonia em residentes no estado do Piauí, com predominância no sexo feminino (50,3%), raça parda (54,2%), faixa etária de 80 anos e mais (45,5%), nenhuma escolaridade (36,8) e casados (32,3%). Com relação ao local de ocorrência, a maioria ocorreu no hospital (76,3%), no ano de 2015 (11,3%) e na região de Saúde de Floriano (55,0%), onde se situa capital Teresina.  A causa mais frequente foi a pneumonia não especificada (91,8%) e apenas 2,11% estavam relacionados à influenza. Observa-se um expressivo número de óbitos relacionado a pneumonia, principalmente da pneumonia não especificada, na população feminina, raça parda e faixa etária maiores de 80 anos. Julga-se importante o melhoramento da vigilância epidemiológica quanto a identificação do agente etiológico e assim demonstrar a realidade epidemiológica no estado do Piauí.



Palavras-chaves:  Infecções respiratórias, Influenza Humana, Pneumonia, Epidemiologia