Importância da educação continuada na melhoria do diagnóstico das doenças parasitárias. |
O Serviço de Doenças Parasitárias (SDP) da Fundação Ezequiel Dias, Lacen-MG, coordena redes de diagnóstico em doença de Chagas, malária, toxoplasmose, leishmaniose visceral e tegumentar. Considerando, as limitações e dificuldades dos laboratórios nos diagnósticos destas doenças, o SDP utiliza a capacitação de profissionais de saúde como um instrumento de melhora no diagnóstico. Para isso, o SDP organizou um programa de educação continuada utilizando-se de métodos do nível básico ao avançado, buscando atender aos públicos diversos em MG e no Brasil. Foram realizados cursos técnicos, teóricos e práticos, para os profissionais das redes coordenadas pelo SDP. Além disso, o SDP trabalha em parceria com programa Ciência em Movimento, que tem como foco a popularização da ciência em municípios estratégicos de MG. Em 2014, o SDP desenvolveu o Programa de Avaliação da Qualidade (PAQ) para doença de Chagas e para leishmaniose visceral canina (LVC). Com base nas necessidades detectadas em supervisões e nos resultados do PAQ, foram realizadas capacitações direcionadas ás necessidades de cada local. No período de 2015 a 2017 foram realizados 47 cursos técnicos com enfoque nos pré-requisitos para a realização e interpretação de exames, bem como regulação de fluxos relacionados a estes exames junto às vigilâncias em saúde. Visando agilizar a liberação dos laudos de exames, foram capacitados profissionais de 62 unidades de saúde transformando –as em laboratório de rede GAL, com licença para colocação e liberação de resultados dos exames executados no local. O SDP também possui um programa de capacitação para estagiários de cursos técnicos e de graduação. De 2015 a 2017 foram capacitados 216 profissionais de 25 municípios de MG e 38 profissionais dos estados AC, AP, CE, ES, MT e TO. Como resultado, destaca-se o aumento de 40% na participação dos laboratórios nos programas de controle de qualidade laboratorial, com a participação de 23 estados e 16 municípios de MG no PAQ em 2017, no diagnóstico de doença de Chagas e da LVC. As capacitações também possibilitaram um aumento na descentralização do diagnóstico da leishmaniose visceral humana com a expansão de 45% de unidades de saúde (n=18) e 58,3% municípios (n=14) em relação à rede laboratorial anteriormente existente em MG em 2013. Observou-se relevante melhora no diagnóstico das doenças parasitárias, melhor comunicação entre os participantes da rede e diagnóstico mais rápido e eficaz destas doenças. |