LEISHMANIOSE VISCERAL EM ALAGOAS: DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS DE 2014 A JUNHO DE 2018
JONATAS LOURIVAL ZANOVELI CUNHA 1, CAMILA FARIAS MOTA1, BRUNO FUERST GONÇALVES DE CARVALHO1, CELIA MARIA SILVA PEDROSA1
1. UFAL - Universidade Federal de Alagoas, 2. UNCISAL - Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
JONATASZANOVELI@GMAIL.COM

Introdução : A leishmaniose visceral, (LV) é a forma mais grave das leishmanioses, endêmica em Alagoas há mais de 70 anos. Doença caracterizada por febre irregular, palidez progressiva, crescimento do baço e do fígado com consequente aumento do volume abdominal, anorexia, emagrecimento, hipoalbuminemia e fenômenos hemorrágicos. Predomina no sexo masculino e em menores de 10 anos. Quando não tratada, quase sempre evolui para o óbito.  No Brasil, 90% dos casos notificados eram procedentes do Nordeste, porém, atualmente, com a expansão da doença para outras regiões, esse valor encontra-se em torno de 48%. Objetivos: Verificar a frequência de internamentos em hospital de referência, considerando procedência, idade e sexo. Método: Trata-se de um estudo transversal, com informações obtidas por meio de análise do banco de dados do SINAN de pacientes com LV admitidos em hospital de referência em Maceió/ Alagoas, de janeiro de 2014 a junho de 2018. Resultados e Discussão: Durante o período de estudo foram admitidos 203 pacientes: 40 (2014), 41 (2015), 36 (2016), 43 (2017) e 43 (2018). Corroborando com dados da literatura, em que se observa maior acometimento de pacientes do sexo masculino, 69% dos casos envolveram pacientes do sexo masculino e 31% do sexo feminino. No que se refere a faixa etária, a predominância ocorreu nos pacientes menores de 10 anos - 78 casos (38,41%), seguida pelos pacientes com mais de 30 anos - 70 casos (34,47%). Com relação a procedência, a maioria das notificações eram advindas de dois municípios situados no Agreste alagoano, Estrela de Alagoas, com 23 notificações e Palmeira dos Índios, com 21, seguidos por Santana do Ipanema, este situado no Sertão alagoano, com 13 notificações. Chama a atenção o número de casos notificados de janeiro a junho de 2018, correspondendo ao total de casos dos anos anteriores. Conclusão: A prevalência no sexo masculino e em crianças é condizente com o relatado na literatura. Nota-se o aumento dos casos no ano de 2018 em comparação aos anos precedentes, fato que requer atenção e demanda investigação das possíveis causas.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Leishmaniose , Leishmaniose Visceral