Detecção de achado do Lutzomya longipalpis em Olinda - PE, motivado pela ausência paralela de casos autóctones de leishmaniose visceral canina em animais daquele município.
LUCIANO ALVES DO NASCIMENTO 1, FRANCISCO DUARTE F. BEZERRA DUARTE BEZZERA1, ARIANNA ARAÚJO FALCÃO ANDRADE SILVA1, VERA LÚCIA DO SANTOS VERA LÚCIA DOS SANTOS1
1. SES - PE - Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, 2. SMS - Secretaria de Saúde de Olinda
lucianojpg@hotmail.com

O conhecimento sobre a distribuição geográfica de Lutzomyia longipalpis em Pernambuco em virtude das peculiaridades que envolve a doença e as diversas formas com que ela se apresenta, como sua dinâmica em certas regiões, mesmo apesar de se ter em nosso estado uma carta flebotomínica consolidada, tem sistematicamente excluído áreas e alguns municípios do estado e o desconhecimento da não ocorrência deste psicodídeo. A impressão da inexistência desse díptero em alguns municípios, tem sido reforçada pela ausência paralela de casos autóctones de leishmaniose visceral, da qual êle é o transmissor em outras regiões. A coincidência entre a distribuição de L. longipalpis e a dessa parasitose, foi ressaltada em várias ocasiões, mostrando aproximação bastante significante, sob o ponto de vista epidemiológico (DEANE, 1956). Diante desta situação, a Secretaria de Saúde de Pernambuco sentiu a necessidade de realizar um levantamento entomológico em áreas com casos de leishmaniose visceral caninos ou humanos, sem constatação da presença do vetor. O município de Olinda foi escolhido, por haver casos de leishmaniose visceral canina sem a presença dos mesmos. As coletas dos flebotomíneos foram realizadas em áreas sugestivas como: casas com criatórios de animais ou próxima a algum domicilio que tenha ocorrido algum caso de LV. Os trabalhos de captura foram realizados nos meses de novembro e dezembro 2016, janeiro, fevereiro, março e abril 2017, objetivando incriminar algum psicodídeo na transmissão. Salientamos que foram trabalhados oito bairros com casos positivos para sorologia canina, perfazendo um total de 61 dias de efetividade nas capturas. Os flebótomos foram capturados, no intra e peridomicílio, de preferência próximo a abrigo de animais. As armadilhas permaneceram no campo por um período de 12 horas. Nos trabalhos foram encontradas espécies de flebotomíneos transmissores da leishmaniose visceral como o L.longipalpis, no bairro de Rio Doce I etapa divisa com o município do Paulista, em nenhum outro momento detectou-se a presença de vetores transmissores para leishmaniose tegumentar americana. Foram encontradas também espécies como : L.sallesi, L.evandroi . Concluímos que, após cinco meses de captura direcionada nas casas com positividade canina para LV, ocorreu à presença do L.longipalpis, apenas no bairro Rio Doce I etapa com média de 0,05 espécimes por ponto de coleta, e as outras espécies descritas acima em regiões espalhadas, conforme mapa.



Palavras-chaves:  Distribuição espacial, flebotomíneos, vigilância entomologia