AVALIAÇÃO DA DINÂMICA DOS VETORES DE Leishmania sp. EM FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA E EM AMBIENTE URBANO: INFLUÊNCIA DOS FATORES CLIMÁTICOS E AMBIENTAIS.
FRANCISCO DE ASSIS DA SILVA 1, , BRENO HENRIQUE MARQUES DA SILVA1, DIMÍTRI DE ARAÚJO COSTA1, JANAÍNA MOREIRA DE MENESES1, , MARÍLIA GABRIELA DOS SANTOS CAVALCANTI1
1. UFPB - Universidade Federal da Paraiba, 2. M.S - Ministério da Saúde , 3. FPB - FACULDADE INTERNACIONAL DA PARAÍBA
assismandela@gmail.com

RESUMO

As Leishmanioses (Tegumentar e Visceral) são doenças parasitárias, causadas por protozoários do gênero Leishmania spp. Atualmente as leishmanioses estão no rol de doenças negligenciadas, com meio milhão de novos casos e aproximadamente 60.000 mortes por ano no mundo. É uma doença que afeta, desproporcionalmente, a população mais carente e é transmitida por flebotomíneos. A distribuição geográfica e a prevalência desses vetores no Brasil tem sido alvo de alguns estudos, porém não há nenhuma informação sobre a fauna flebotomínica em João Pessoa/PB, Nordeste do Brasil. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência e a distribuição desses flebotomíneos em dois tipos de ambientes como: fragmentos de Mata Atlântica, da Universidade Federal da Paraíba, Campus I (João Pessoa), além de bairros no entorno como: Castelo Branco, Bancários, São Rafael, Torre, Mangabeira e Miramar. Para a captura desses flebótomos foram utilizadas armadilhas de luz do tipo CDC, durante 03 noites seguidas, além de capturas manuais com aspirador de Castro, no período seco (12 coletas) e chuvoso (12 coletas) entre novembro de 2016 a fevereiro de 2017. Durante o período de estudo foram encontrados 222 flebótomos. Destes, 143 (130 machos e 13 fêmeas) no ambiente de Mata Atlântica da UFPB e 79 em áreas urbanas. Em todo o período seco, nos 11 fragmentos de Mata, foram registradas 03 espécies de flebotomíneos: Lutzomyia longipalpis , Lu. migonei e Lu. whitmani . No período chuvoso, ocorreu apenas a espécie Lu. longipalpis , esta espécie foi a única identificada nos bairros estudados, tanto no período seco como no chuvoso. Na região do Nordeste brasileiro, houve uma dispersão de Lu. longipalpis , que inicialmente habitava bosques e florestas, localizado na zona rural, do qual estes flebotomíneos alimentava-se principalmente de animais e plantas silvestre. Com o crescimento das zonas urbanas em regiões endêmicas desta doença tropical, verifica-se o avanço populacional deste díptero. Desta forma, o presente estudo consolida-se na tentativa de demonstrar a dispersão da espécie Lu. longipalpis , por meio da Mata Atlântica da Universidade Federal da Paraíba em direção aos bairros circunvizinhos, propiciando uma característica típica adaptativa comportamental deste flebotomíneo. Neste estudo ficou evidente que além dos fatores climáticos, características ambientais também podem estar envolvidas na distribuição desses vetores.



Palavras-chaves:  Entomologia, Lutzomyia, Prevalência