PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS NOTIFICAÇÕES DE HIV/AIDS EM CAMPO GRANDE-MS NO PERÍODO DE 2010-2015
STEPHANIE VALENÇUELA SCHMITT 1,2, GHISLAINE GONÇALEZ DE ARAÚJO ARCANJO 1,2, FABIANI DE MORAIS BATISTA1,2, PATRÍCIA VIEIRA DA SILVA1,2, AUCELY CORRÊA FERNANDES CHAGAS 1,2, URSULLA VILELLA ANDRADE 1,2
1. UCDB - Universidade Católica Dom Bosco , 2. UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
ghislaine.arcanjo@gmail.com

A Síndrome da Imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma manifestação clínica avançada da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Apresenta-se como problema de grande preocupação para a esfera da saúde pública mundial, em virtude do contínuo crescimento da infecção na população. É uma doença de notificação compulsória através da vigilância epidemiológica em todos os níveis de atenção do sistema de saúde, sendo incluídas no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) gerando dados que ajudam no processo de conhecimento do perfil das doenças. Portanto o estudo tem como objetivo conhecer a prevalência das notificações de HIV/AIDS na população do município de Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso do Sul. Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo e descritivo com coleta de dados retrospectivos a partir plataforma on-line do banco de dados do site do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) no período de 2010 a 2015. Foram incluídos todos os casos notificados que tiveram a sorologia confirmada para vírus HIV. De acordo com as informações obtidas foram encontradas 3409 notificações em todo estado, onde 1393 ocorreram no município de Campo Grande, com uma média de 233 casos por ano. Dentre as notificações a maioria era do sexo masculino (888), baixo nível de escolaridade (284) e faixa etária maior que 24 anos. De acordo com a categoria de exposição em indivíduos do sexo masculino a partir de 13 anos foi notificados a maior parte dos casos em indivíduos heterossexuais, possibilitando a observação da desmitificação da definição de “grupo de risco” que antes eram apenas homossexuais, usuários de drogas injetáveis, hemotransfundidos e prostitutas. Campo Grande - MS não faz parte da região com maior detecção de casos, porém por possuir uma média aproximada de 233 casos por ano e considerando o elevado número de habitantes que a cidade possui, este é um valor que pode ser decrescido. Sendo assim o presente artigo sugere que uma das ferramentas efetivas para controlar e diminuir os casos é a promoção da saúde a partir da educação e conscientização da população. Neste sentido, as equipes de atenção básica à saúde poderiam desenvolver ações voltadas para a conscientização em conjunto com as escolas e comunidades, possibilitando prevenção, diagnóstico precoce e minimização das complicações.



Palavras-chaves:  Infecções por HIV, Notificação Compulsória, Perfil Epidemiológico