AÇÕES DE VIGILÂNCIA NO ENFRENTAMENTO DAS EPIZOOTIAS EM PRIMATAS NÃO HUMANOS, POR VÍRUS DA FEBRE AMARELA (FA), NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA/MG, EM 2017.
MÁRCIA BEATRIZ CARDOSO DE PAULA 1, ADALBERTO DE ALBUQUERQUE PAJUABA NETO1, CAMILA DE PAULA TEIXEIRA1, MICHELE MARQUEZ OLIVEIRA1, JULIANA JUNQUEIRA DA SILVA1, JOSÉ HUMBERTO ARRUDA1, FELIPE CUNHA1, DIOGO ALVES OLIVEIRA1, ALESSANDRO AMBRÓSIO DOS REIS1
1. PMU - PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLÂNDIA, 2. PMU - PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLÂNDIA
mbecpaula@yahoo.com.br

A Febre Amarela (FA), arbovirose fe bril aguda e de notificação obrigatória é de importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação. No Brasil possui dois ciclos de transmissão: um silvestre, onde mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes são os principais vetores e primatas não humanos (PNH) são hospedeiros naturais e, outro, urbano, sendo o Aedes aegypti o principal vetor. Mortalidade de PNH é sugestiva da circulação do vírus da FA, por isso é um sinalizador de risco para população. No início de 2017, após a notificação de casos suspeitos de febre hemorrágica a esclarecer em alguns municípios do estado com a ocorrência de morte de primatas, observou-se em Uberlândia, a partir de fevereiro, a ocorrência de mortalidade de PNH. O objetivo deste trabalho foi elencar as ações de vigilância epidemiológica adotadas pelo município, diante das epizootias em PNH , em Uberlândia-MG, no período de fevereiro de 2017 a maio de 2018. Para isto, em fevereiro de 2017, ações de vigilância de epizootias em PNH foram estruturadas pelo Centro de Controle de Zoonoses do município. Todos os PNH encontrados mortos ou doentes foram investigados e posteriormente notificados. Os animais em boas condições foram recolhidos e encaminhados ao Laboratório de Referência. Os resultados da investigação foram documentados e divulgados para os serviços de saúde locais para realização das ações de controle. Neste período oram notificadas 134 epizootias sendo 18 provenientes da zona rural e 116 da zona urbana do município. Colheram-se 88 amostras, pois 46 dos PNH notificados estavam em estado de decomposição. Do total de amostras enviadas ao Laboratório de Referência, duas, provenientes da zona urbana do município, foram positivas para o vírus amarílico e 25 estão aguardando resultados. Apesar da detecção de dois PNH infectados com o vírus amarílico em regiões centrais da zona urbana do município, ainda não foi possível determinar os aspectos epidemiológicos ligados a estas mortes uma vez que, não se tem registro de casos humanos de FA em Uberlândia. Concluímos que, a pesar de a imunização ser a principal medida de prevenção da doença, espera-se que as ações de vigilância voltadas à detecção precoce da circulação do vírus amarílico em PNH possam efetivamente contribuir para uma melhor execução das ações de vigilância e controle da febre amarela no município.



Palavras-chaves:  FEBRE AMARELA, VIGILÂNCIA, EPIZOOTIAS